Afora o facto de alguns países ainda manterem pequenos territórios sob o seu domínio, Portugal foi o último dos grandes colonizadores a libertarem as suas colónias. Por mais consentido que fosse o domínio, por mais fracas que fossem as perspectivas de um melhor governo autónomo, por maior benevolência do bloco ocidental, a Comunidade Internacional não condescenderia mais num prolongamento exagerado da situação.
A política de Salazar era a do tudo ou nada e a recusa de quaisquer conversações. Marcelo Caetano seguiu-lhe o erro. A luta libertadora desenvolvia-se em cada uma das três colónias principais a ritmos próprios. Em 1973 acelerou decisivamente na Guiné. Todo o edifício tremeu, vieram à baila outras lacunas do regime, a situação internacional tornou-se mais desfavorável à manutenção da situação colonial. O exército deu o golpe.
O poder da esquerda no PREC tornou a descolonização desde logo irreversível. Obtiveram-se acordos em que o princípio revolucionário foi aceite, pondo fim abrupta e ingloriamente a uma presença secular. Tudo foi excessivamente simples. A situação mais complicada era a de Angola em que à partida haviam três movimentos com implantações diferentes e que conflituavam entre si.
A política geo-estratégica imponha que os apoiantes do bloco de leste tivessem uma acção de apoio à transferência do poder para o MPLA. Conseguida a inclusão de Angola no bloco de leste, conseguida a sovietização de todo o Império Colonial, deixou de interessar à URSS manter aqui um foco de agitação permanente.
Houve um acordo tácito, consequência lógica de todo um percurso histórico já consolidado a que Salazar chamaria os ventos da história. Em 25 de Novembro de 1975 Cunhal levantou a bandeira da paz, tinha desempenhado o seu “triste” papel. Estavam satisfeitos os objectivos geoestratégicos da URSS.
A política de Salazar era a do tudo ou nada e a recusa de quaisquer conversações. Marcelo Caetano seguiu-lhe o erro. A luta libertadora desenvolvia-se em cada uma das três colónias principais a ritmos próprios. Em 1973 acelerou decisivamente na Guiné. Todo o edifício tremeu, vieram à baila outras lacunas do regime, a situação internacional tornou-se mais desfavorável à manutenção da situação colonial. O exército deu o golpe.
O poder da esquerda no PREC tornou a descolonização desde logo irreversível. Obtiveram-se acordos em que o princípio revolucionário foi aceite, pondo fim abrupta e ingloriamente a uma presença secular. Tudo foi excessivamente simples. A situação mais complicada era a de Angola em que à partida haviam três movimentos com implantações diferentes e que conflituavam entre si.
A política geo-estratégica imponha que os apoiantes do bloco de leste tivessem uma acção de apoio à transferência do poder para o MPLA. Conseguida a inclusão de Angola no bloco de leste, conseguida a sovietização de todo o Império Colonial, deixou de interessar à URSS manter aqui um foco de agitação permanente.
Houve um acordo tácito, consequência lógica de todo um percurso histórico já consolidado a que Salazar chamaria os ventos da história. Em 25 de Novembro de 1975 Cunhal levantou a bandeira da paz, tinha desempenhado o seu “triste” papel. Estavam satisfeitos os objectivos geoestratégicos da URSS.
Sem comentários:
Enviar um comentário