14 dezembro 2009

Uma Cultura de exigência, precisa-se

As Novas Oportunidades desempenham duas funções com alguma eficiência:
1. Ocupam muitas pessoas que a crise relegou para o desemprego e muitas outras que, empregadas, pensam que assim estarão melhor equipadas para responder a um qualquer sobressalto que possa vir a ocorrer no seu posto actual de trabalho.
2. Aumentam a auto estima.
A ocorrência desta crise em plena fase de implementação das Novas Oportunidades constitui uma oportunidade suplementar. No entanto poucas pessoas pensarão que essa será uma maneira de melhorar a sua situação. Seja ao menos uma maneira de conseguir um emprego semelhante ao que têm ou tiveram, sustentarão os mais sensatos.
Efectivamente estudar custa muito. Além disso conseguir um aproveitamento efectivo do estudo depende de muitos factores além da vontade individual. Recuperar o tempo que foi perdido, seja por nossa causa, seja pelas circunstâncias em que crescemos, não é tarefa fácil. Criar ilusões insustentáveis pode ser contraproducente.
Não chega aumentar a comunicabilidade das pessoas, são necessários conteúdos e na idade das pessoas em causa, faltam conteúdos específicos, direccionadas para as habilitar a uma função em que se aposte para que venha a ser viável no futuro. Neste momento há poucas certezas e muita especulação em relação ao que se ensina como podendo vir a ser necessário dentro de tempo aceitável.
Este País tem imperiosa necessidade de uma cultura de exigência. Muitos dirão que não é de começar por aqui, pelas Novas Oportunidades. Mas tem de se começar por algum lado. Tem de ser abandonado de vez o facilitismo. Entre as pessoas das Novas Oportunidades já existem muitos pais e este não podem passar esta cultura aos filhos.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana