03 dezembro 2009

Espionagem política ou fuga controlada de informação?

Que ouve várias fugas de informação ninguém pode pôr em dúvida. O problema é que, além da tradicional selectividade, da típica informação gota a gota, desta vez nem tudo chegou à opinião pública. Pelos vistos alguma informação foi mesmo dada directamente, já não a jornalistas, mas sim a políticos e a políticos ávidos dessa informação, que a utilizaram também selectivamente, fazendo referências indirectas para que não houvesse levantamento de suspeitas de compadrio.
Neste sentido, pese embora não tenha havido uma clássica espionagem política, conduzida por um central de espionagem com esse trabalho específico, houve um aproveitamento político de uma situação de fuga controlada de informação. Quem aproveitou foi Ferreira Leite, quem denunciou foi Vieira de Castro.
Agora podemos perguntar: Se Ferreira Leite sabe porque não sabemos nós? Porque só essa falou em factos que terão existido, em hipotéticas conspirações de poderes instituídos com o objectivo de se perpetuarem. Vieira de Castro limitou-se a tirar conclusões do que é por de mais óbvio Ferreira Leite falou com o objectivo de incentivar o nosso voyeurismo e tirar com isso proveitos políticos. Vieira de Castro limitou-se a constatar que, integrando-se isto num processo político, este só pode ser classificado como uma espionagem política.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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