07 dezembro 2009

A agenda negra suplanta o siso

Houve um vislumbre de luz nas mentes sociais-democratas quando quiseram pôr um bocado de calma nos seus colegas de oposição com a sua suspensão da anulação do processo avaliativo dos professores. Foi sol de pouca dura no entanto.
A sua agenda negra é tão forte, que não abandonam a sua saga de perseguidores de pretensos erros adversários a incluir no rol de mentiras que atribuem ao Primeiro-Ministro e que reservam para um juízo final. O problema é que esta maneira de agir está para durar. Os seus líderes mais sonantes estão tão possuídos da cólera divina que os faz a todos juízes de carácter dos outros.
Sejam galos ou garnisés, estejam na reforma ou no activo, tenham ou não pergaminhos, tenham ou não visto ainda Sá Carneiro, sejam liberais da velha ou da nova extracção, todos se perfilam para serem os desafiadores de José Sócrates, para se baterem com ela, na convicção que têm qualidades que estão sempre a descobrir em si e que não vislumbram em José Sócrates.
Em vez de se prepararem bem, de se aconselharem com gente sensata, de reunirem grupos de estudo ou qualquer outra forma de estimularem o debate que a sua área política necessita de fazer para encontrar um rumo próprio, vestem-se de togas e outros andrajos antigos, pegam em espadas e escudos e vomitam velhos anátemas e maldições.
O juízo falta na Assembleia da Republica. Se Paulo Portas padece de infantilismo, porta-se como o menino terrível que pensa que tudo lhe é permitido, a direcção do PSD padece de necrose cerebral, necessitando de uma boa injecção de massa cinzenta que ponha os seus neurónios a funcionar.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana