05 setembro 2009

A ofensa repentina é sinal de menoridade

Quem usa a blogosfera para sob anonimato insultar os outros quer dar a ideia de que o valor das pessoas se mede pela contabilidade dos insultos e elogios que cada um recebe.
Ninguém se deixa levar por esta ideia infantil. O anonimato só serve para medir o estado em que está o ambiente cívico e político para quem fala de assuntos que se lhe referem. A podridão do ambiente só existe no entanto quando os protagonistas que estes anónimos pretendem proteger os recrutam e os incentivam a proceder dessa maneira.
Os políticos são evidentemente e em última instância os culpados deste estado de coisas porque, se não for doutra maneira, são eles que permitem que este tipo de gente abjecta se arraste à sua volta, talvez com a ideia de comer uns sobejos. Ou talvez seja difícil responsabilizarmos os políticos por tudo o que se passa à sua volta.
Não duvido que há muita gente a agir de moto próprio, mas ninguém age com a persistência de certos comentadores da blogosfera se não estiver envolvido num projecto mais amplo ou então queira ser mais papista do que o papa. Um homem livre não persegue ninguém.
Na blogosfera há muita gente a dar azo às suas tendências agressivas, homicidas mesmo. A blogosfera é usada como um escape, escrevem uma frase contundente com o vigor com que empunham uma lâmina afiada para matar o adversário.
A ofensa repentina não é sinal de inteligência, valentia ou qualquer outro sentimento positivo. Pelo contrário é sinal de estupidez, cobardia e no fundo de todos e de qualquer sentimento negativo. Por isso é muito difícil, senão impossível, de erradicar.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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Ponte de Lima, Alto Minho, Portugal
múltiplas intervenções no espaço cívico

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana