09 setembro 2009

O caciquismo de Ponte de Lima e a ditadura madeirense

A direita anda incomodada por se falar dos atentados à liberdade que ocorrem na Madeira e trouxe à discussão pública aquilo que se desenrola noutras partes como será eventualmente Ponte de Lima, mesmo que ela o não quisesse.
O pior que Paulo Portas podia fazer era reduzir a falta de liberdade existente na Madeira a um simples exercício de caciquismo, tal como reconheceu que ocorre um pouco por todos os lados a nível da gestão autárquica. Além da diferença existente há uma outra falha ao tentar excluir Ponte de Lima do quadro dos municípios onde o caciquismo é uma prática corrente.
Ponte de Lima não está só no top da foleirice, do turismo de geleira, da aposta nas mais descabidos chavões para atrair incautos. Ponte de Lima também ocupa um dos primeiros lugares em relação a esse caciquismo tradicional. No entanto mesmo assim recuso-me a aceitar que ele seja colocado em igualdade de circunstâncias com a prática madeirense do coarctar as liberdades mais básicas.
Há evidentes características comuns, há um paternalismo igualmente falso e interesseiro, mas há limites que os municípios ainda não passaram e o JJ há muito já ultrapassou. O nosso caciquismo é repugnante, mas o caciquismo madeirense, chamando-lhe assim por liberdade de linguagem, é ultrajante.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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Ponte de Lima, Alto Minho, Portugal
múltiplas intervenções no espaço cívico

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana