17 outubro 2008

Momentos da Crise (5)

As causas da crise serão muitas: Umas internas ao sistema financeiro, outras internas ao sistema económico, outras relativas às relações que se estabelecem entre os dois, outras ainda internas ao sistema económico-financeiro visto como um todo.
Claro que ainda haverá outras razões, estas exteriores, do domínio do sistema político, por exemplo, e daqui, donde se pressuporia uma intervenção pela acção, as culpas na ocorrência da crise até podem ser por omissão. Há falta de regulamentação e até de uma análise objectiva de custos e benefícios que se poderão obter com certos produtos e serviços que o sistema bancário oferece.
O facto de haver pessoas integradas num sistema e que dizem que ele funciona bem e tem hipóteses de desenvolvimento e expansão só quer dizer que na sua perspectiva é possível explorar as suas potencialidades no sentido da obtenção de lucro, mas nada permite dizer que esse sistema esteja a cumprir as funções para que foi criado, que decerto integram o interesse de muitas outras pessoas.
Muitos até reconhecerão que o sistema está inquinado e favorece alguns, mas encaram-no com a naturalidade das coisas inevitáveis. Uns só andam à procura da perversidade do sistema para a explorar. Outros com responsabilidades tentarão suavizá-la.
Aniquilar a perversidade destes sistemas já é uma tarefa complicada e muito difícil, dada a interligação existente entre eles. Quando muito as pessoas procuram caminhos alternativos e não se preocupam com os existentes. Até porque a sociedade já paga imenso a polícias que não fiscalizam e a ladrões que afinal só usam as suas facilidades.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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Ponte de Lima, Alto Minho, Portugal
múltiplas intervenções no espaço cívico

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana