Reconheço que entre os meus amigos a minha declaração de voto levantou alguma perplexidade e os meus inimigos tentam aproveitar isso para me desacreditar quanto aos princípios e à escorreiteza das minhas ideias.
Aos primeiros devo um esclarecimento, aos segundos só lhes reconheço ignorância política. Em primeiro lugar as eleições autárquicas não têm a “gravidade” das legislativas. Não é altura para defender a rigidez dos princípios, quando o que está em causa são sempre duas opções mais fortes e das outras forças se não espera uma participação activa, decisiva, capaz de desempatar em momentos de maior confronto.
Depois acham que os partidos são livres de alterarem programas e estratégias, de os cumprir ou não, de mudarem de líderes e de estilos, de escolherem pessoas que os acompanham e que com eles colaboram e de as desprezar logo de seguida e estas mesmas pessoas têm que se limitar a aceitar o poder soberano dos partidos e das cliques que em cada momento os dominam?
Quem pensa assim está muito errado. Os partidos não garantem a coerência entre o local e o nacional, não merecem cheques em branco e o tipo de pessoas que os constituem, principalmente nas estruturas intermédias, não é o recomendável. Os partidos são aquele mal necessário, mas as pessoas são livres de se afastarem sempre que não são respeitadas. Quem diz que cabe às pessoas serem coerentes e reduzem isso a respeito por uma sigla que pouco diz estão a ignorar o princípio da lealdade que vincula duas partes.
Depois em Ponte de Lima mais de metade da população não vota no mesmo partido nas eleições autárquicas e legislativas. Em Ponte de Lima a fidelidade não é princípio e ainda bem, quando não há manipulação no caso. Se este tipo de votação correspondesse a uma liberdade genuína só nos tínhamos que congratular. Infelizmente não é, mas não é por isso que vou coarctar a minha liberdade.
Quem agora aparece a reclamar votos para o PS nunca ajudou este partido a ter uma postura digna, coerente, firme, resoluta. Não os conheci quando colaborei com o PS e os que agora lá vejo, como são regressados do passado, melhor seria que permanecessem escondidos. Quem gostaria que eu votasse no CDS desista porque votei contra o cavaquismo em Ponte de Lima noutra conjuntura, mas nesta o CDS asfixia-me, mesmo sendo a maioria, ou talvez por isso, oportunistas.
Aos primeiros devo um esclarecimento, aos segundos só lhes reconheço ignorância política. Em primeiro lugar as eleições autárquicas não têm a “gravidade” das legislativas. Não é altura para defender a rigidez dos princípios, quando o que está em causa são sempre duas opções mais fortes e das outras forças se não espera uma participação activa, decisiva, capaz de desempatar em momentos de maior confronto.
Depois acham que os partidos são livres de alterarem programas e estratégias, de os cumprir ou não, de mudarem de líderes e de estilos, de escolherem pessoas que os acompanham e que com eles colaboram e de as desprezar logo de seguida e estas mesmas pessoas têm que se limitar a aceitar o poder soberano dos partidos e das cliques que em cada momento os dominam?
Quem pensa assim está muito errado. Os partidos não garantem a coerência entre o local e o nacional, não merecem cheques em branco e o tipo de pessoas que os constituem, principalmente nas estruturas intermédias, não é o recomendável. Os partidos são aquele mal necessário, mas as pessoas são livres de se afastarem sempre que não são respeitadas. Quem diz que cabe às pessoas serem coerentes e reduzem isso a respeito por uma sigla que pouco diz estão a ignorar o princípio da lealdade que vincula duas partes.
Depois em Ponte de Lima mais de metade da população não vota no mesmo partido nas eleições autárquicas e legislativas. Em Ponte de Lima a fidelidade não é princípio e ainda bem, quando não há manipulação no caso. Se este tipo de votação correspondesse a uma liberdade genuína só nos tínhamos que congratular. Infelizmente não é, mas não é por isso que vou coarctar a minha liberdade.
Quem agora aparece a reclamar votos para o PS nunca ajudou este partido a ter uma postura digna, coerente, firme, resoluta. Não os conheci quando colaborei com o PS e os que agora lá vejo, como são regressados do passado, melhor seria que permanecessem escondidos. Quem gostaria que eu votasse no CDS desista porque votei contra o cavaquismo em Ponte de Lima noutra conjuntura, mas nesta o CDS asfixia-me, mesmo sendo a maioria, ou talvez por isso, oportunistas.
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