24 agosto 2009

Quais ressentimentos? Cada um segue o seu caminho

Que há pessoas incomodadas pela minha declaração de voto nas autárquicas, dizem-me. O voto útil é tão digno como qualquer outro e há eleições, como as presidenciais, em que ele está institucionalizado. À segunda volta, depois da falta de maioria na primeira, há uma grande quantidade de pessoas que são chamadas a votar útil. Mas claro que na primeira volta já muitas não o terão feito por convicção antes tentaram contribuir para resolver a questão sem grandes delongas e votaram útil.
A coligação negativa que se formou há vinte anos e fez com que o CDS mantivesse o poder autárquico em Ponte de Lima justifica-se que se faça hoje contra o CDS. Por motivos de politica nacional essa coligação nunca poderá ser formal. Estando por muitas razões o PSD na melhor posição para disputar o poder é natural que lidere essa contenda. Só que o voto autárquico não é extrapolável e o PSD local deve aceitar essa posição. A nível nacional nada me levaria a votar PSD. A nível local o meu voto é negativo.
O meu comentário sobre o PS local, em quem votarei nas legislativas, estou a reservá-lo para depois das eleições, para que não digam que tenho alguma intervenção negativa. Decerto que quem se pensar socialista, independentemente de ter ficha partidária, deve pensar seriamente a sua intervenção politica a nível local, em que quadro a poderá fazer. O problema dos socialistas locais é serem poucos e fracos mas não só.
Comigo não há ressentimentos. Alinhei essencialmente com um grupo de pessoas resolutas, empenhadas, afirmativas. Destacarei naturalmente Montenegro Fiúza, Jorge Silva e Afonso Costa. Entre percalços inesperados contribui dentro do possível para manter a espinha dorsal de uma intervenção de oposição clara o que infelizmente nem sempre transpareceu para a opinião pública. Espero para ver o trabalho da equipa que vai agora a votos, mas não posso dizer que confio neles.
Pela minha parte só procurei ter uma intervenção positiva precisamente quando as questões eram de natureza irreversível. Disse isso claramente a Daniel Campelo que no que são questões de gosto cada qual tem o seu. Mas falar da minha interacção com o PS será agora “lavar roupa suja”. O que está em causa no meu ponto de vista é muito mais do que isso, de uma importância que transcende o concelho e mesmo o distrito. Disso se falará noutro tempo.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

Acerca de mim

A minha foto
Ponte de Lima, Alto Minho, Portugal
múltiplas intervenções no espaço cívico

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana