As pessoas dão pouco valor aos números dados pela economia. O que mais conta é a imagem momentânea e o que ela nos fornece em termos de expectativas em relação a um estilo de vida que pretendemos atingir. São muito poucas as pessoas satisfeitas com o seu. Na maioria das situações trata-se de jogos de perseguição em que o alvo se afasta cada vez mais à medida que nós reforçamos os esforços para o atingir.
Longe vão os tempos em que se tinha uma noção estática da vida, tudo se passava em termos de percursos delimitados, de patamares claramente definidos, de limites irremovíveis. Cada um sabia até onde podia ir e não se ruía de inveja ao olhar para o lado. Isto é, se a dita inveja lhe ascendia ao pensamento depressa a afastava porque sabia que alimentá-la só servia para piorar a sua qualidade de vida.
Hoje dizemos que a inveja tem a sua parte positiva, que sem ela nos remeteríamos a uma resignação imobilista. Hoje encontramos mesmo meios de disfarçar essa inveja sobre a capa de outros sentimentos que nunca alimentamos em estado puro. A inveja introduz-se sub-repticiamente no nosso pensamento, é ela que nos faz a vida negra. O querer ser como os outros, eventualmente o ultrapassar dos outros, pode ser um objectivo válido e honesto, mas tem que ser visto com bastante parcimónia.
A velha moralidade não produz qualquer efeito nos dias de hoje. Em termos práticos é como se todos os católicos virassem protestantes, assumissem os valores em termos economicistas mais permissivos destes. Mas mesmo os protestantes estão hoje possuídos de uma ganância nunca vista. A sociedade tem que tomar consciência de que hoje os factos são mais complexos, os sentimentos são mais compósitos, mas por este efeito sujeitos a uma subtil manipulação.
Longe vão os tempos em que se tinha uma noção estática da vida, tudo se passava em termos de percursos delimitados, de patamares claramente definidos, de limites irremovíveis. Cada um sabia até onde podia ir e não se ruía de inveja ao olhar para o lado. Isto é, se a dita inveja lhe ascendia ao pensamento depressa a afastava porque sabia que alimentá-la só servia para piorar a sua qualidade de vida.
Hoje dizemos que a inveja tem a sua parte positiva, que sem ela nos remeteríamos a uma resignação imobilista. Hoje encontramos mesmo meios de disfarçar essa inveja sobre a capa de outros sentimentos que nunca alimentamos em estado puro. A inveja introduz-se sub-repticiamente no nosso pensamento, é ela que nos faz a vida negra. O querer ser como os outros, eventualmente o ultrapassar dos outros, pode ser um objectivo válido e honesto, mas tem que ser visto com bastante parcimónia.
A velha moralidade não produz qualquer efeito nos dias de hoje. Em termos práticos é como se todos os católicos virassem protestantes, assumissem os valores em termos economicistas mais permissivos destes. Mas mesmo os protestantes estão hoje possuídos de uma ganância nunca vista. A sociedade tem que tomar consciência de que hoje os factos são mais complexos, os sentimentos são mais compósitos, mas por este efeito sujeitos a uma subtil manipulação.
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