O medo anda por aí. Os actores políticos casa vez dão mais uma confirmação de serem realmente actores que não controlam os acontecimentos, limitam-se a acompanhar como podem e com os meios que possuem. Os próprios líderes andam parcos em declarações, já não à espera que as coisas se resolvam por si, porque sabem que isso não vai ser verdade, mas porque estão cada vez mais confusos perante o evoluir da situação.
Andamos décadas a esbanjar recursos, agarramo-nos aos fundos europeus, e agora nem temos verbas para a participação que esses fundos sempre solicitam. Quisemos ter uma moeda forte, como se o meio de pagamento resolvesse o problema da dívida e ficamos com um Estado pobre perante particulares que se foram endividando porque pensavam viver num Estado rico que tinha dinheiro para pagar todas as contas.
Quando um Estado desvalorizava a sua moeda diminuía a dívida para com os seus cidadãos, embora mantivesse a dívida externa igual. Hoje a dívida interna é tão rígida como a externa. As alterações na divisão internacional do trabalho também não nos apanharam de surpresa, antes pelo contrário, já há muitos anos se vinham a realizar e tentou-se mesmo fazer alguma coisa para nos adaptarmos a uma maior competitividade externa.
O problema agravou-se porque mesmo sectores mais avançados, com uso de tecnologia de vanguarda, foram afectados e de que maneira no caso da Qimonda. Sempre estivemos dependentes dos empresários estrangeiros, da importação de tecnologia e de capitais. Sempre tivemos um problema de escala e do nosso pouco desenvolvimento cientifico. Tivemos um problema de condicionamento industrial do salazarismo, o que também contribuiu para a fraca iniciativa nacional. Esta nasceu imediatista, à espera de lucros fáceis em curtos espaços de tempo.
Não temos um passado, como o da Alemanha, que nos dê ânimo, força de vontade, entusiasmo para enfrentar o futuro. O nosso individualismo disfarça a nossa impotência. Os economistas não têm soluções. Os políticos tentam pôr remendos num tecido já demasiado fustigado. Ninguém se atreve a fazer promessas, nem governo, nem oposição. Mas há muito manhoso a ganhar com a crise. Há muita hipocrisia nos falsos pobres de agora, nas carpideiras profissionais que proliferam na imprensa.
Andamos décadas a esbanjar recursos, agarramo-nos aos fundos europeus, e agora nem temos verbas para a participação que esses fundos sempre solicitam. Quisemos ter uma moeda forte, como se o meio de pagamento resolvesse o problema da dívida e ficamos com um Estado pobre perante particulares que se foram endividando porque pensavam viver num Estado rico que tinha dinheiro para pagar todas as contas.
Quando um Estado desvalorizava a sua moeda diminuía a dívida para com os seus cidadãos, embora mantivesse a dívida externa igual. Hoje a dívida interna é tão rígida como a externa. As alterações na divisão internacional do trabalho também não nos apanharam de surpresa, antes pelo contrário, já há muitos anos se vinham a realizar e tentou-se mesmo fazer alguma coisa para nos adaptarmos a uma maior competitividade externa.
O problema agravou-se porque mesmo sectores mais avançados, com uso de tecnologia de vanguarda, foram afectados e de que maneira no caso da Qimonda. Sempre estivemos dependentes dos empresários estrangeiros, da importação de tecnologia e de capitais. Sempre tivemos um problema de escala e do nosso pouco desenvolvimento cientifico. Tivemos um problema de condicionamento industrial do salazarismo, o que também contribuiu para a fraca iniciativa nacional. Esta nasceu imediatista, à espera de lucros fáceis em curtos espaços de tempo.
Não temos um passado, como o da Alemanha, que nos dê ânimo, força de vontade, entusiasmo para enfrentar o futuro. O nosso individualismo disfarça a nossa impotência. Os economistas não têm soluções. Os políticos tentam pôr remendos num tecido já demasiado fustigado. Ninguém se atreve a fazer promessas, nem governo, nem oposição. Mas há muito manhoso a ganhar com a crise. Há muita hipocrisia nos falsos pobres de agora, nas carpideiras profissionais que proliferam na imprensa.
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