A economia confunde-se quase absolutamente com a econometria. Os aspectos subjectivos, de índole psicológica, sociológica e outros são desprezados. Tudo o que não é mensurável é como se não existisse. Valores como a segurança, a sociabilidade, a convivência, o meio ambiente, a ocupação dos tempos livres, acessibilidade a serviços gratuitos e muitos outros aspectos que contribuem para o bem-estar das pessoas são ignorados.
A pobreza é um valor, ou se quisermos um nível a partir do qual se verifica uma ausência de bem-estar que a economia vai reduzindo a números seguindo o princípio de que só se deve contabilizar tudo o que é mensurável. Esta definição faz com que a pobreza vá variando no tempo porque as exigências das pessoas vão sendo em princípio crescentes e portanto, agravando-se a distribuição dos rendimentos, mais pessoas vão sendo apanhadas nas suas malhas.
Mas a realidade ainda é mais volátil do que a economia nos mostra.
Um valor anual de 5.800 Euros será a fasquia da pobreza para Portugal. Engloba a maioria dos reformados e mesmo quem recebe o ordenado mínimo porque este dá 6650 Euros, mas está sujeito a descontos e outros encargos. A fasquia da pobreza dá 483,33 Euros por mês, 16,11 por dia. O estilo de vida de umas pessoas dirá que é pouco, uma autêntica miséria, outras dirão que é bem bom, tivessem muitos ao seu dispor esse valor.
A maioria das pessoas de hoje não se comparam com o passado, nem sequer se preocupam com a miséria que existe no universo, com o facto de que para nós vivermos assim há gente que não tem acesso ao mínimo de condições que consideramos essenciais para dar dignidade à pessoa humana. E mesmo as que possam ter em conta a variação temporal e geográfica perdem-se quando vêem uma câmara de televisão à frente. Só se sabem lamentar.
As pessoas tudo vêem pelo estilo de vida que gostariam de ter. Nesta perspectiva ser pobre é não ter dinheiro para assumir esse estilo de vida e aí até eu me incluo porque há sempre um estilo que nós assumiríamos com mais boa vontade do que o que temos: Somos todos uns pobres. Não haverá econometria que nos satisfaça. Nunca nos saberemos guiar pela fasquia da balança da pobreza.
A pobreza é um valor, ou se quisermos um nível a partir do qual se verifica uma ausência de bem-estar que a economia vai reduzindo a números seguindo o princípio de que só se deve contabilizar tudo o que é mensurável. Esta definição faz com que a pobreza vá variando no tempo porque as exigências das pessoas vão sendo em princípio crescentes e portanto, agravando-se a distribuição dos rendimentos, mais pessoas vão sendo apanhadas nas suas malhas.
Mas a realidade ainda é mais volátil do que a economia nos mostra.
Um valor anual de 5.800 Euros será a fasquia da pobreza para Portugal. Engloba a maioria dos reformados e mesmo quem recebe o ordenado mínimo porque este dá 6650 Euros, mas está sujeito a descontos e outros encargos. A fasquia da pobreza dá 483,33 Euros por mês, 16,11 por dia. O estilo de vida de umas pessoas dirá que é pouco, uma autêntica miséria, outras dirão que é bem bom, tivessem muitos ao seu dispor esse valor.
A maioria das pessoas de hoje não se comparam com o passado, nem sequer se preocupam com a miséria que existe no universo, com o facto de que para nós vivermos assim há gente que não tem acesso ao mínimo de condições que consideramos essenciais para dar dignidade à pessoa humana. E mesmo as que possam ter em conta a variação temporal e geográfica perdem-se quando vêem uma câmara de televisão à frente. Só se sabem lamentar.
As pessoas tudo vêem pelo estilo de vida que gostariam de ter. Nesta perspectiva ser pobre é não ter dinheiro para assumir esse estilo de vida e aí até eu me incluo porque há sempre um estilo que nós assumiríamos com mais boa vontade do que o que temos: Somos todos uns pobres. Não haverá econometria que nos satisfaça. Nunca nos saberemos guiar pela fasquia da balança da pobreza.
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