
Tendo sido estudante em várias épocas, em quarenta anos andei praticamente 40 % desse tempo a estudar, intermitentemente é certo. Passei por dois regimes políticos, vários sistemas de ensino entre o privado e o público, entre o primário e o universitário, conheci muitos professores, uns mais dedicados, outros nem por isso, outros faziam de conta.
È natural que dos furos não tenha uma ideia homogénea e tenha mesmo dificuldade em ter ideias que possa associar a cada um dos condicionalismos em que estudei. Nem pensei que viria alguma vez a debruçar-me sobre os furos escolares.
Mas vá de me tentar aproximar desses tempos e aferir se nos furos haverá mesmo algo de positivo em termos pedagógicos e educativos. Vamos ver o que descobri ou antes descobri que não ganhei nada com isso.
Talvez uns momentos de convívio mais pessoal, mais desligado dos condicionalismos do ensino e isso é manifestamente importante, mas também ganhei apertos no final do ano, matéria a recuperar para o ano seguinte, perdas irrecuperáveis, vontade de faltar às aulas seguintes, alergias a certos professores patéticos e desavergonhados.
Sim, àqueles professores para quem o furo é uma escapatória para as suas dificuldades, para a sua falta de valia, para a sua irresponsabilidade. Como a deste sindicalista que, tendo o Ministério conseguido com as aulas de substituição diminuir substancialmente o absentismo, tem o despudor de avançar contra, apelando ao apoio da reacção mais primária da juventude, a quem faltarão tempos livres.
Refira-se a propósito que uma das falhas no nosso ensino é claramente essa, a falta do ensino da gestão do tempo e em especial da gestão dos tempos livres.
Mas quem há-de ensinar isso aos jovens se é do lado dos professores que se manifesta a maior lacuna, sobra-lhes tempo para tudo, só sabem gerir as faltas que “podem” dar, relegam os alunos e as suas obrigações para com eles para um plano subalterno.
È natural que dos furos não tenha uma ideia homogénea e tenha mesmo dificuldade em ter ideias que possa associar a cada um dos condicionalismos em que estudei. Nem pensei que viria alguma vez a debruçar-me sobre os furos escolares.
Mas vá de me tentar aproximar desses tempos e aferir se nos furos haverá mesmo algo de positivo em termos pedagógicos e educativos. Vamos ver o que descobri ou antes descobri que não ganhei nada com isso.
Talvez uns momentos de convívio mais pessoal, mais desligado dos condicionalismos do ensino e isso é manifestamente importante, mas também ganhei apertos no final do ano, matéria a recuperar para o ano seguinte, perdas irrecuperáveis, vontade de faltar às aulas seguintes, alergias a certos professores patéticos e desavergonhados.
Sim, àqueles professores para quem o furo é uma escapatória para as suas dificuldades, para a sua falta de valia, para a sua irresponsabilidade. Como a deste sindicalista que, tendo o Ministério conseguido com as aulas de substituição diminuir substancialmente o absentismo, tem o despudor de avançar contra, apelando ao apoio da reacção mais primária da juventude, a quem faltarão tempos livres.
Refira-se a propósito que uma das falhas no nosso ensino é claramente essa, a falta do ensino da gestão do tempo e em especial da gestão dos tempos livres.
Mas quem há-de ensinar isso aos jovens se é do lado dos professores que se manifesta a maior lacuna, sobra-lhes tempo para tudo, só sabem gerir as faltas que “podem” dar, relegam os alunos e as suas obrigações para com eles para um plano subalterno.
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