Quem nos protegeu quarenta anos, quem? O Senhor Professor Doutor Presidente que do alto da sua sabedoria tudo via. Mais do que isso ele agasalhou-nos, livrou-nos da Segunda Guerra Mundial, do comunismo triunfante após a hecatombe nazi.
Reduzir a oposição a uns republicanos saudosistas e a uns comunistas destemidos mas limitados, foi a sua coroa de glória. Qual modernidade, qual circulação livre de ideias. Não só estas não devem ultrapassar barreiras bem definidas, como nem fazem falta ideias novas.
Havia que colocar as ideias republicanas numa redoma asséptica, obrigar a uma radicalização de posições para de qualquer modo justificar a sua violência, a sua rigidez ideológica, a sua perseguição até à medula familiar.
Elevou-se à máxima potência a reverência senhorial, a subserviência quase confinante com a apatia física e mental. Regressou-se às corporações da Idade Média, à prevalência da herança, tudo patrocinada pelo ilustrado filho de um pai caseiro. Pai lavrador, filho lavrador; pai moleiro, filho moleiro.
Delimitaram-se os campos para não dar lugar à inveja, à concupiscência, que os olhos comem. Nem intercâmbio de ideias, nem mistura de grupos sociais. Cristalizou-se a sociedade, as relações entre os seus membros.
Foi-se exercendo a prepotência, a arrogância, a violência, o suficiente que bastasse para obter bajulação, subserviência, servilismo. Trabalhou-se nos apoiantes fiéis a hipocrisia, a beatice, a mistificação até quase à perfeição, para conseguir a adesão pacífica dos incautos e dos mais sugestionáveis.
Com um trabalho tão bem feito durante quarenta anos, queriam ter um espírito livre, a consciência sem culpa de muita contribuição passiva e activa para que o nosso passado fosse este.Sem a alteração dos factores da auto-estima dos portugueses que ainda passam muito pela fantasia de um passado heróico e subestimam os feitos mais recentes de todo um período democrático, de que devemos ter algum orgulho, não esperemos outra coisa: Salazar é o maior!
Reduzir a oposição a uns republicanos saudosistas e a uns comunistas destemidos mas limitados, foi a sua coroa de glória. Qual modernidade, qual circulação livre de ideias. Não só estas não devem ultrapassar barreiras bem definidas, como nem fazem falta ideias novas.
Havia que colocar as ideias republicanas numa redoma asséptica, obrigar a uma radicalização de posições para de qualquer modo justificar a sua violência, a sua rigidez ideológica, a sua perseguição até à medula familiar.
Elevou-se à máxima potência a reverência senhorial, a subserviência quase confinante com a apatia física e mental. Regressou-se às corporações da Idade Média, à prevalência da herança, tudo patrocinada pelo ilustrado filho de um pai caseiro. Pai lavrador, filho lavrador; pai moleiro, filho moleiro.
Delimitaram-se os campos para não dar lugar à inveja, à concupiscência, que os olhos comem. Nem intercâmbio de ideias, nem mistura de grupos sociais. Cristalizou-se a sociedade, as relações entre os seus membros.
Foi-se exercendo a prepotência, a arrogância, a violência, o suficiente que bastasse para obter bajulação, subserviência, servilismo. Trabalhou-se nos apoiantes fiéis a hipocrisia, a beatice, a mistificação até quase à perfeição, para conseguir a adesão pacífica dos incautos e dos mais sugestionáveis.
Com um trabalho tão bem feito durante quarenta anos, queriam ter um espírito livre, a consciência sem culpa de muita contribuição passiva e activa para que o nosso passado fosse este.Sem a alteração dos factores da auto-estima dos portugueses que ainda passam muito pela fantasia de um passado heróico e subestimam os feitos mais recentes de todo um período democrático, de que devemos ter algum orgulho, não esperemos outra coisa: Salazar é o maior!
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