09 outubro 2009

Uma carta afrontosa de um autarca sem a'p'rumo

Daniel Campelo quer dar uma oportunidade a Arcozelo. Segundo ele Arcozelo tem andado sem rumo e só o seu olhar providencial tem evitado o descalabro. Além disso nota-se que com a sua afirmação de necessidade de mudança de rumo pretende dizer que não fez tudo o que podia, o que é evidentemente um crime.
Não tenho conhecimento de que a Junta e a Assembleia de Freguesia de Arcozelo alguma vez se tenham oposto a qualquer iniciativa da Câmara. O que eu conheço é imensos casos em que a Câmara se opôs a iniciativas da Freguesia. Esta promessa de que com uma Junta de Freguesia em sintonia política com a Câmara muita coisa seria possível fazer é uma tentativa reles, antidemocrática, desleal.
Este enxovalho de nos querer impingir um candidato e uma lista perfeitamente ridículas, esta tentativa de compra do voto a troco de não se sabe o quê, e que fosse de um bom candidato e de uma boa lista e de boas realizações para a Freguesia, não pode passar sem uma resposta à altura deste eleitorado cioso das suas prerrogativas e direitos.
Tenho ouvido muito sobre Daniel Campelo, conheço-o de alguma forma por contactos directos, indirectos, conheço a sua imagem directa e reflectida, reconheço-lhe o discernimento demonstrado na abordagem de muitas questões referentes à gestão municipal, inclusive sobre a reorganização administrativa do País, com a criação de regiões e eliminação de freguesias e como sei que a inteligência é perversa, sei que ele tem estas lacunas graves na sua personalidade política.
Mas além disso há uma grave ofensa pessoal aos outros candidatos de Arcozelo pois ele diz que com o candidato que apoia haverá mais transparência e mais segurança no investimento público. Os outros são corruptos, ladrões?
Daniel Campelo não sai bem ao achincalhar desta maneira, ao humilhar todos aqueles que não se submetem ao domínio da máquina que ele deixou. Como eleitor de Arcozelo repudio esta grave ignominia.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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