26 outubro 2009

Os jovens perante a indignidade da política

Há uma imensidão de gente que entrega de mão beijada a “salvação” do futuro aos jovens. Há uma imensidão de gente que se sente incapaz de dar qualquer contributo positivo para esse efeito. Limita-se a produzir aquilo que quer, a que é obrigado, não com mais um esforço extra que isso pode ser mal interpretado, não vá alguém pensar que o merece.
Há quem diga que os jovens serão capazes porque se furtarão a esta sociedade mesquinha, particularmente não se imiscuirão na classe política existente, antes estarão prontos a substitui-la radicalmente. Decerto que há-de haver alguma alteração neste estado de coisas, mas falta saber de quem partirá a iniciativa, caso seja possível definir um começo.
Na verdade não sabemos se estamos na curva descendente ou na ascendente, se atingimos algum ponto mínimo ou mais alguma queda nos estará reservado para o futuro. Na verdade nem os jovens sabem e nós especulamos demasiado para sermos um guia seguro. A crença ou a descrença também de nada nos servem.
Necessariamente os jovens envolver-se-ão onde os mais velhos já estão comprometidos. Quando muito “sujar-se-ão menos” se estiverem munidos das defesas necessárias, se estiverem imunizados pelo menos para os males mais benévolos. Mas, como todos nós até hoje, não havendo quem nos guie, teremos que nos imiscuir na “sujidade” para podermos chegar a conclusões e traçar um caminho mais digno.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana