21 julho 2009

O que fazer por Ponte de Lima

Quando há confusão no ar as forças dominantes costumam tocar a reunir, convocando amigos e inimigos contra um qualquer real ou hipotético inimigo maior que não deixa trabalhar e estraga a imagem que o poder quer ter por via da Terra ou do País.
Quando o CDS tem a maioria absoluta, o que só não ocorreu em Ponte de Lima quando concorreu em coligação com o PSD na AD e no mandato de Francisco Abreu Lima, não ouve ninguém, decide a bel prazer do gosto algo rebuscado dos seus dirigentes, contra a opinião dos seus próprios militantes.
A lógica salazarista das forças vivas ainda se mantém em Ponte de Lima, há grupos sociais que monopolizam as influências sobre o executivo e esquecem as suas próprias divergências. É o tal medo conveniente que leva muitos a calarem-se, mesmo quando são prejudicados. As excepções, como a do Fernando do Girabola, são poucas.
O que está pois errado é em primeiro lugar a forma como no executivo camarário se tomam decisões. É possível fazer política doutra maneira, mesmo havendo que respeitar o princípio de que a última palavra cabe a quem tem a maioria. As reuniões quinzenais do plenário do executivo camarário são um espectáculo degradante, a que só a presença de Daniel Campelo consegue dar alguma dignidade, mesmo que lhe falte transparência e clareza nas decisões.
Depois há a política de fachada, que tudo resume à contagem dos minutos que Ponte de Lima consegue nas televisões nacionais. Na minha perspectiva é legítimo alguém se querer mostrar pela diferença, mas, quando se está muito abaixo da média nacional na maioria dos indicadores de desenvolvimento, a diferença é tão só folclórica. Obra seria conseguirmo-nos diferenciar entre os melhores.
Os acérrimos defensores de Campelo terão que sofrer a humilhação de um dia verem os camartelos a derrubar algumas das suas “obras”, que de palhaçadas estamos nós cheios. Há que higienizar o ambiente e levar o desenvolvimento real à ruralidade.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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Ponte de Lima, Alto Minho, Portugal
múltiplas intervenções no espaço cívico

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana