10 abril 2009

Porreiro pá! …, Mas nem tanto!

A escolha de Durão Barroso para Presidente da Comissão Europeia não é a indicação de um Português para um Órgão Internacional, antes é a indicação de quem vai dirigir um Órgão Supranacional em que está depositada muita da nossa soberania, que tem uma intervenção e exerce um condicionamento marcante sobre a política que é seguida a nível nacional.
Por isso a perspectiva de José Sócrates é porreira, mas está longe de ser correcta, sequer legítima vinda de quem vem, que tem obrigação de defender uma política diferente para a Comunidade Europeia.
O meu voto em Junho só faz sentido se com ele poder escolher os deputados nacionais ao Parlamento Europeu e dessa forma influenciar a política europeia e indirectamente a escolha da futura Comissão Europeia.
Caso o PPE perca as eleições de Junho, o que eu almejo, não lhe caberá indicar um candidato, mas se Durão Barroso persistir na sua candidatura, José Sócrates cometerá um grave erro se continuar a apoiá-lo e abrir um conflito inevitável com o Parlamento Europeu.
O neo-liberalismo tem que ser abandonado e a política europeia tem que se recentrar nos valores que lhe deram a grandeza e estabeleceram a diferença. Novos protagonistas são necessários, que não sejam simples representantes do capital que fazem da política a defesa dos seus interesses económicos.
O meu voto em Junho é para um candidato que defenda a paz, a liberdade, a cooperação, a solidariedade, que defenda a Europa como a portadora daqueles valores que precisamente Durão B
arroso ajudou a pôr em causa.

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Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana