28 março 2010

A desonestidade política de quem faz de nós indigentes

O Estado tem muitos meios para intervir no sector económico, mas não a todos os níveis. A maioria da intervenção do Estado faz-se a nível da concorrência. Efectivamente tudo o que mais preocupa as grandes empresas instaladas é a concorrência desleal, muitas delas esquecendo-se das autênticas patifarias que fizeram para dominar o mercado. Aumentar a cota é a ambição maior, restringir o acesso de novos concorrentes também pode ser um objectivo, pelo menos não é posto totalmente de parte.
O Estado vê-se assim impedido de apoiar iniciativas que vissem concorrer em domínios já ocupados por outros. Aliás se levássemos isto ao extremo o Estado estaria impedido de apoiar mesmo inovações claras, porque até estas poderiam não criar novas oportunidades no mercado, mas tão só substituir produtos que se tornaram obsoletos, mas as velhas empresas querem continuar a produzir.
No entanto uma das maiores queixas que se faz ao Estado é por este não dar o empurrão inicial de que muitos precisam para pôr em prática as suas ideias. Um subsídio, de preferência a fundo perdido, uma ajuda na contratação de trabalhadores, uma isenção de taxas e outros encargos, há uma grande variedade de pedidos que são feitos ao Estado para tornar viável uma dada empresa. Mas também não falta quem fale em generalizar a situação de dependência de toda a actividade económica do Estado.
Quem ouve muitos políticos parecem que eles falam com a convicção que é possível conciliar o comunismo com o liberalismo. No palavreado destes senhores muda-se de perspectiva com uma facilidade que tresanda a desonestidade. Mas acima de tudo pensam que estarão a falar para indigentes mentais, que aceitam toda a miscelânea de ideias desde que provindas destas mentes pretensamente iluminadas.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana