03 novembro 2008

Momentos da Crise (23)

As crises são muito boas para chamar a atenção para muitos erros, excessos, desvios. Porém passadas as tormentas o espírito humano é muito pródigo em esquecer lições. Nesta crise muita gente sabia os erros que se estavam a cometer, muitos os cometeram deliberadamente, mas poucos tiveram a coragem e a ousadia de remar contra a maré, de resistir à tentação de atirar o anzol para as águas de onde outros estavam a tirar bom peixe.
Muita gente sabe que, se não forem tomadas medidas a tempo, o sistema financeiro terá tendência para enveredar pelos mesmos caminhos. Mas para medidas de controlo suficientemente apertado ainda não terá chegado o tempo num processo que tem de ser de dimensão mundial.
Aliás se não houver também mudanças no sistema monetário permanecerá o vírus da instabilidade no sistema. Também quanto a esta questão deveremos acreditar que não terá chegado o momento de tomar decisões, mas mais tarde ou mais cedo lá chegaremos.
Quanto ao manuseamento do dinheiro ele tem que ser claro, transparente mesmo, as operações bancárias não podem estar escondidas tantos anos como no caso BPN. Registos em balcões virtuais a substituir os reais parece ser uma técnica só possível perante o olhar complacente das autoridades de supervisão.
Não são espiões, dizem os homens do Banco de Portugal. Se não for assim não seu como será possível controlar a emissão de moeda falsa?

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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Ponte de Lima, Alto Minho, Portugal
múltiplas intervenções no espaço cívico

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana