Há uns anos vivíamos muito afastados do mundo. Vivemos décadas resignados a não usufruir de tantos bens da civilização como os outros países ocidentais. Compensávamo-nos moralmente: não nos sentíamos culpados pelos malefícios que o seu progresso, dizia-se, já estava a causar.
Hoje, que nos aproximamos dessa civilização hedonista que chegamos a abominar, não temos desculpa alguma. Há contraceptivos, vai haver aborto mais livre, há carros, há ar condicionado, há férias, há supermercados cheios, há de tudo, pelo que já nos temos de sentir responsáveis pelos erros da humanidade.
Ninguém vai esperar que um pobre se manifeste contra a matança de lontras porque os da sua relação não têm posses para comprar casacos de peles. A maioria da humanidade, porque pouco tem ou julga pouco ter beneficiado com o progresso só pensa em ter o que os outros têm. Nós temos de ultrapassar essa visão egoísta e limitada.
Naturalmente que mesmo os povos mais pobres também querem chegar a um certo patamar de riqueza. Já estão usando a economia e a migração para pressionar os países ricos do Ocidente. Estes defendem-se, os Estados Unidos constroem um muro na fronteira com o México, os Espanhóis barram as suas costas à invasão, para defenderem privilégios que vêm ameaçados.
A responsabilidade é primordialmente nossa, do Ocidente, mas também colectiva, universal. Vamos ter que repartir bens e populações, coisa que aliás nós portugueses temos feito de há quinhentos anos para cá. Vamos ter que arrepiar caminho nas agressões à ecologia. Não podemos humilhar mais os deserdados, temos que lutar contra a nossa própria voracidade.
Há problemas à espera de urgente resolução. Será bom que ao menos nos vamos apercebendo da dimensão de outros que não têm solução fácil. Será bom que não queiramos continuar a viver à custa da miséria de parte da humanidade.
Será bom que vamos começando a nos sentirmos também culpados e a saber porquê.
Os Estados Unidos da América, outrora farol da civilização, saíram com Bush dum caminho de humanidade. O que era o nosso escudo tornou-se a nossa vergonha e pode ser a nossa humilhação. A solidariedade mundial tem que passar por aqui para que esta Potência seja obrigada a alterar o seu caminho.
O nosso Governo merece o nosso aplauso ao retirar do Iraque.
Hoje, que nos aproximamos dessa civilização hedonista que chegamos a abominar, não temos desculpa alguma. Há contraceptivos, vai haver aborto mais livre, há carros, há ar condicionado, há férias, há supermercados cheios, há de tudo, pelo que já nos temos de sentir responsáveis pelos erros da humanidade.
Ninguém vai esperar que um pobre se manifeste contra a matança de lontras porque os da sua relação não têm posses para comprar casacos de peles. A maioria da humanidade, porque pouco tem ou julga pouco ter beneficiado com o progresso só pensa em ter o que os outros têm. Nós temos de ultrapassar essa visão egoísta e limitada.
Naturalmente que mesmo os povos mais pobres também querem chegar a um certo patamar de riqueza. Já estão usando a economia e a migração para pressionar os países ricos do Ocidente. Estes defendem-se, os Estados Unidos constroem um muro na fronteira com o México, os Espanhóis barram as suas costas à invasão, para defenderem privilégios que vêm ameaçados.
A responsabilidade é primordialmente nossa, do Ocidente, mas também colectiva, universal. Vamos ter que repartir bens e populações, coisa que aliás nós portugueses temos feito de há quinhentos anos para cá. Vamos ter que arrepiar caminho nas agressões à ecologia. Não podemos humilhar mais os deserdados, temos que lutar contra a nossa própria voracidade.
Há problemas à espera de urgente resolução. Será bom que ao menos nos vamos apercebendo da dimensão de outros que não têm solução fácil. Será bom que não queiramos continuar a viver à custa da miséria de parte da humanidade.
Será bom que vamos começando a nos sentirmos também culpados e a saber porquê.
Os Estados Unidos da América, outrora farol da civilização, saíram com Bush dum caminho de humanidade. O que era o nosso escudo tornou-se a nossa vergonha e pode ser a nossa humilhação. A solidariedade mundial tem que passar por aqui para que esta Potência seja obrigada a alterar o seu caminho.
O nosso Governo merece o nosso aplauso ao retirar do Iraque.
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