Quando Paulo Portas entrou na política nacional, primeiro através do seu discípulo Manuel Monteiro, depois pelo seu pé e com a sua voz, o discurso do C.D.S./P.P. privilegiava os temas fracturantes ou com possibilidades de o ser.
Entre as suas mensagens estava a defesa do mundo rural e o consequente ataque à Comunidade Europeia (Vivam os seus 50 anos), como factor determinante da perca da sua influência.
Como não pode haver sol na eira e chuva no nabal, mas pode haver cinismo político, a direita tentava segurar parte do seu eleitorado tradicional com o discurso e a outra parte, a do capital, a que não dá relevância a coisas como a coerência, com os euros.
Ora hoje os agricultores ainda são menos do que então e já viram que o seu sucesso não depende deste tipo de políticos. Quanto à direita crua e dura não gosta deste repetitivo folclore, a não ser para o dar ao povo.
Outra mensagem era destinada à captação do voto dos velhos “retornados”, ainda saudosistas do degradante sistema colonial. E simultaneamente de todo o género de oportunistas que, sem esquecer os que ainda hoje foram injustiçados, queriam que lhes fosse pago um serviço à Pátria, ao tempo representada por um governo despótico, a quem obedeciam sem condições.
Ganho o voto, foi esquecida a promessa, não explicada a incoerência da generalização de um apoio que deveria ser selectivo, abandonado o problema com uma anualidade ridícula para os que não precisam, irrisória para os necessitados e verdadeiramente penalizados na sua vida militar.
Que mensagens tem agora Paulo Portas para mexer, como tanto gosta, nas turbas águas onde então pescou com algum sucesso. O seu carácter arruaceiro não é de molde a ficar parado, a não ser que nas feiras, que ele tanto gosta de frequentar, o seu brilho já não seja o que foi noutros tempos.
Se o discurso político deste trauliteiro passar, mesmo sem estes espectáculos mediáticos, mesmo que ele consiga assumir uma imagem de alguma seriedade, nem que seja para uma votação semelhante à última conseguida, é porque não aprendemos nada.
Entre as suas mensagens estava a defesa do mundo rural e o consequente ataque à Comunidade Europeia (Vivam os seus 50 anos), como factor determinante da perca da sua influência.
Como não pode haver sol na eira e chuva no nabal, mas pode haver cinismo político, a direita tentava segurar parte do seu eleitorado tradicional com o discurso e a outra parte, a do capital, a que não dá relevância a coisas como a coerência, com os euros.
Ora hoje os agricultores ainda são menos do que então e já viram que o seu sucesso não depende deste tipo de políticos. Quanto à direita crua e dura não gosta deste repetitivo folclore, a não ser para o dar ao povo.
Outra mensagem era destinada à captação do voto dos velhos “retornados”, ainda saudosistas do degradante sistema colonial. E simultaneamente de todo o género de oportunistas que, sem esquecer os que ainda hoje foram injustiçados, queriam que lhes fosse pago um serviço à Pátria, ao tempo representada por um governo despótico, a quem obedeciam sem condições.
Ganho o voto, foi esquecida a promessa, não explicada a incoerência da generalização de um apoio que deveria ser selectivo, abandonado o problema com uma anualidade ridícula para os que não precisam, irrisória para os necessitados e verdadeiramente penalizados na sua vida militar.
Que mensagens tem agora Paulo Portas para mexer, como tanto gosta, nas turbas águas onde então pescou com algum sucesso. O seu carácter arruaceiro não é de molde a ficar parado, a não ser que nas feiras, que ele tanto gosta de frequentar, o seu brilho já não seja o que foi noutros tempos.
Se o discurso político deste trauliteiro passar, mesmo sem estes espectáculos mediáticos, mesmo que ele consiga assumir uma imagem de alguma seriedade, nem que seja para uma votação semelhante à última conseguida, é porque não aprendemos nada.
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