Normalmente quem se dedica à política, e em particular quem se dedica à gestão da coisa pública, não pode ter a ideia de vir a ser dono, patrão. A avaliar pelas suas afirmações, Daniel Campelo promove à categoria de situação ideal aquela em que a pessoa, só pelo facto de ser eleita para o desempenho de uma determinada função, sê-lo-ia para ser senhor absoluto, sem ter necessidade de respeitar uma clara definição de poderes.
Se D.C. tem razão ao dizer que “é necessário combater as tendências corporativas de várias instituições” não pode ser usado esse discurso para reforçar o poder pessoal, do dono, situação mais agradável para as pessoas, mas que se não coaduna com o poder democrático exercido pelos colectivos.
A situação desagradável em que D.C. está a nível do C.D.S. leva-o a classificar Paulo Portas como aquele que tem “duas caras e uma postura de representação teatral”, mas não pode generalizar quando afirma que “As pessoas, muitas vezes, não gostam de seriedade e na política estão mais tentadas a votar nas que falam bem, mesmo que não façam nada”.
Há experiência para todos os gostos mas não cabe na nossa generosidade a afirmação de que “temos de ensinar às pessoas a usar o voto a favor de si e não dos partidos”. Esta dicotomia simples é muito característica de quem quer aproveitar sentimentos primários anti-partidos.
No mesmo sentido aponta a afirmação de que “o papel do deputado é altamente frustrante, pois não faz nada, não tem poder de decisão, salvo meia dúzia que trabalham nas comissões”. Se há quem não entenda isto como um ataque à democracia representativa, há também quem o assim interprete.
Evidentemente que até já há propostas para mudar este estado de coisas na Assembleia da Republica, mas não se pode confundir o trabalho de um parlamentar com o de um executivo, mesmo que este não queira ser “dono” absoluto do cargo que ocupa.
Da parte de Daniel Campelo ficaria bem que em Ponte de Lima praticasse mais a democracia, não quisesse ser o dono de tudo, antes quisesse ver os outros a trabalhar, os seus vereadores por delegação de poderes e dando à Assembleia Municipal a possibilidade de se organizar e de exercer com alguma eficiência o seu poder.
E daria uma satisfação a si próprio, se é como diz que ”Eu odeio gabinetes cheios de papéis” e que “passo 14 horas por dia a despachar papéis”. Um conselho: Gaste melhor o seu tempo que ninguém lhe agradece.
Se D.C. tem razão ao dizer que “é necessário combater as tendências corporativas de várias instituições” não pode ser usado esse discurso para reforçar o poder pessoal, do dono, situação mais agradável para as pessoas, mas que se não coaduna com o poder democrático exercido pelos colectivos.
A situação desagradável em que D.C. está a nível do C.D.S. leva-o a classificar Paulo Portas como aquele que tem “duas caras e uma postura de representação teatral”, mas não pode generalizar quando afirma que “As pessoas, muitas vezes, não gostam de seriedade e na política estão mais tentadas a votar nas que falam bem, mesmo que não façam nada”.
Há experiência para todos os gostos mas não cabe na nossa generosidade a afirmação de que “temos de ensinar às pessoas a usar o voto a favor de si e não dos partidos”. Esta dicotomia simples é muito característica de quem quer aproveitar sentimentos primários anti-partidos.
No mesmo sentido aponta a afirmação de que “o papel do deputado é altamente frustrante, pois não faz nada, não tem poder de decisão, salvo meia dúzia que trabalham nas comissões”. Se há quem não entenda isto como um ataque à democracia representativa, há também quem o assim interprete.
Evidentemente que até já há propostas para mudar este estado de coisas na Assembleia da Republica, mas não se pode confundir o trabalho de um parlamentar com o de um executivo, mesmo que este não queira ser “dono” absoluto do cargo que ocupa.
Da parte de Daniel Campelo ficaria bem que em Ponte de Lima praticasse mais a democracia, não quisesse ser o dono de tudo, antes quisesse ver os outros a trabalhar, os seus vereadores por delegação de poderes e dando à Assembleia Municipal a possibilidade de se organizar e de exercer com alguma eficiência o seu poder.
E daria uma satisfação a si próprio, se é como diz que ”Eu odeio gabinetes cheios de papéis” e que “passo 14 horas por dia a despachar papéis”. Um conselho: Gaste melhor o seu tempo que ninguém lhe agradece.
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