09 maio 2009

Onde está o medo, a falta de democracia?

Periodicamente a líder do PSD vem falar da existência de medo, do perigo em que estaria a democracia. Este facto só pode ter como justificação a falta de outro assunto que possa e saiba desenvolver.
Mas fica-lhe mal, redu-la a uma mensageira dos mais baixos sentimentos de ressentimento. Esta senhora não traz rosas no regaço, muito menos pão, tão só rancor. Esta senhora não é a esperança dos pobres, não é a âncora dos remediados, não é a segurança dos ricos.
Esta retórica balofa não convence ninguém e ela terá à sua volta imensa gente que está ansiosa por se ver convencida, que se vê numa encruzilhada já intransponível neste momento. O problema é que ela fala para os mais fanáticos de entre os seus próprios apaniguados.
Um político que fala de coisas que ninguém vê é um aprendiz de feiticeiro, capaz de imaginar que há palavras que incendeiam, sem ter a consciência que os tempos já são outros, as pessoas estão mais clarividentes. Não lhe falta o discurso, mas falta-lhe a razão, coisa que não é de somenos.
A razão não chega a todos, mas chega ao número suficiente de pessoas que se rirão deste discurso caricato. O desespero tem destas coisas, a impotência leva a imputar ao adversário a castração que se lhe depara: Não tem política para apresentar.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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Ponte de Lima, Alto Minho, Portugal
múltiplas intervenções no espaço cívico

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana