A conversa acerca da manutenção ou não da palavra “dada” é uma velha pecha da política portuguesa. Os que hoje solicitam o dito “respeito” amanhã serão solicitados e deviam saber que assim é. Absurdamente cada vez mais alinham ao lado daqueles partidos que, alheios às contingências da política, fazem finca-pé neste tipo de questão.
Aqueles que são visceralmente contra a Comunidade Europeia, afinal uma das entidades que mais contribuiu para a queda do muro de Berlim, também se fazem alheios às alterações verificadas que os contradizem, referindo até à exaustão aquelas que não correram tão bem. A Comunidade Europeia está sempre, para eles, a faltar à palavra sobre o paraíso prometido.
Aqueles que são visceralmente contra a Comunidade Europeia, afinal uma das entidades que mais contribuiu para a queda do muro de Berlim, também se fazem alheios às alterações verificadas que os contradizem, referindo até à exaustão aquelas que não correram tão bem. A Comunidade Europeia está sempre, para eles, a faltar à palavra sobre o paraíso prometido.
Filipão tomou a atitude correcta. Esperemos que Sócrates assuma igualmente uma postura não demagógica nesta questão, contra a vontade dos que querem criar um episódio para aparecerem a fazer alarde da sua inexcedível superficialidade.
2 comentários:
Há duas ou três semanas, um aluno de mestrado em Eng.ª Zootécnica (Vila Real), dirigiu-se à feira de gado para tirar algumas fotos que ilustrariam um trabalho sobre a raça Minhota.
A ideia era, segundo o próprio, dar a ideia da modernidade das instalações da Expolima, e da importância do seu contributo para melhorar quer as condições dos agricultores e negociantes, quer o próprio bem-estar dos animais que, logicamente, ali se encontram numa situação de stress. Este eng.º zootécnico achou que as instalações da feira de Ponte de Lima deveria ser um incentivo para que outras localidades avançassem com a construção de equipamentos semelhantes e pretendia divulgá-las no seu trabalho.
Contou-me o mesmo que, ao chegar à feira, tirou uma, apenas uma fotografia muito ampla e preparava-se para pedir a um agricultor se o deixava fotografar o seu animal quando foi interpelado por uns senhores cheios de autoridade que lhe perguntaram a quem tinha pedido autoriza�o para tirar fotografias. Respondeu incrédulo que não tinha pedido pois encontrava-se num local público. Mais incr�dulo ficou quando lhe reponderam que o local é privado e nele e proibido tirar fotografias. Insistiu e foi rudemente avisado, mesmo depois de explicar o motivo que ali o levara. Virou costas e foi-se embora.
Depois de me contar este triste episódio disse-me a rir: "Coitado do Conde d'Aurora, fosse hoje estava tramado..."
Fiquei assim a saber que aquilo que foi pago por todos nós, afinal é privado, que há uns reizinhos que se julgam donos e senhores daquilo que é de todos, que a ignorância, o atraso, a mesquinhez e o provincianismo não se mudam com instalações, obras ou dinheiro, são tristemente bem mais profundos e enraizados do que pensamos.
Este meu amigo lá fez o trabalho e, evidentemente, ilustrou-o com fotografias dos tempos em que as vacas estavam presas às árvores ou aos pára-choques das carrinhas de gado. É triste, mas é o que temos...
Pedro Santos Vaz
Caro Manuel Trigo, aqui está um assunto que deverá ser colocado na próxima Assembleia Municipal e perguntar ao Presidente da Cámara quem deu as instruções para que os "Fiscais" se comportem como "Cavalgaduras", entre animais de tão fino porte.
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