Não é só em Ponte de Lima que isto anda tudo ao contrário. Afinal o Comando Distrital da Polícia de Segurança Pública de Viana do Castelo também quer algumas coisas que me cheira serem de pernas para o ar.
Em tempos formaram-se comissões de moradores, estruturas reivindicativas com o beneplácito do poder comunista, que se arvoraram em representantes do povo, tendo algumas até feito trabalho meritório, mas que depressa enveredaram por caminhos esconsos de política global e revolucionária. Por sorte as armas não chegaram às suas mãos.
Agora a Polícia substitui o Partido Comunista no patrocínio e quer formar conselhos de moradores, de certo não para distribuírem armas reais, mas para que de certo se dediquem a vasculhar e controlar a vida de quem está sossegadamente nas suas casas. É a institucionalização da bufaria?
Mas em que lei se suporta tal actuação, em que regulamento estará consignada tal designação, tais funções, a forma de escolha ou eleição, as obrigações e direitos, ou será que a Polícia já tem capacidade legislativa?
Um órgão como a Polícia, que exerce funções de soberania e deve ser equipada pelo Estado com os meios necessários, anda a mendigar telemóveis para os seus agentes dedicados ao policiamento de proximidade às Juntas de Freguesia, que, por sua vez, andam a mendigar uns tostões ao Estado.
Logo a mesma Polícia haverá de mendigar o mesmo para os membros dos conselhos de moradores, novos conselheiros de polícia, vigilantes da ordem, porque não capazes de juízos apressados sobre o comportamento dos seus vizinhos, bufos. Ou esta estranha milícia desarmada vai dedicar-se a identificar os cães e gatos que fazem as suas fezes nos jardins públicos?
Isto anda tudo às avessas. Agora é o Estado, através destes curiosos agentes, que vai montar um combate diferente à marginalidade, coisas que nós sabemos como começam, mas não sabemos para onde desandam. Às tantas estamos a discutir quantos namorados a vizinha do lado lá mete em casa.
Quem não estiver bem agora vai decerto ser recomendado a queixar-se ao conselho de moradores que ele fará a triagem e o encaminhamento devido, se for pessoa do agrado. Por seu lado a polícia, se quiser dar um recado a alguém, também saberá que este caminho é mais curto.
Só faltava esta!
Em tempos formaram-se comissões de moradores, estruturas reivindicativas com o beneplácito do poder comunista, que se arvoraram em representantes do povo, tendo algumas até feito trabalho meritório, mas que depressa enveredaram por caminhos esconsos de política global e revolucionária. Por sorte as armas não chegaram às suas mãos.
Agora a Polícia substitui o Partido Comunista no patrocínio e quer formar conselhos de moradores, de certo não para distribuírem armas reais, mas para que de certo se dediquem a vasculhar e controlar a vida de quem está sossegadamente nas suas casas. É a institucionalização da bufaria?
Mas em que lei se suporta tal actuação, em que regulamento estará consignada tal designação, tais funções, a forma de escolha ou eleição, as obrigações e direitos, ou será que a Polícia já tem capacidade legislativa?
Um órgão como a Polícia, que exerce funções de soberania e deve ser equipada pelo Estado com os meios necessários, anda a mendigar telemóveis para os seus agentes dedicados ao policiamento de proximidade às Juntas de Freguesia, que, por sua vez, andam a mendigar uns tostões ao Estado.
Logo a mesma Polícia haverá de mendigar o mesmo para os membros dos conselhos de moradores, novos conselheiros de polícia, vigilantes da ordem, porque não capazes de juízos apressados sobre o comportamento dos seus vizinhos, bufos. Ou esta estranha milícia desarmada vai dedicar-se a identificar os cães e gatos que fazem as suas fezes nos jardins públicos?
Isto anda tudo às avessas. Agora é o Estado, através destes curiosos agentes, que vai montar um combate diferente à marginalidade, coisas que nós sabemos como começam, mas não sabemos para onde desandam. Às tantas estamos a discutir quantos namorados a vizinha do lado lá mete em casa.
Quem não estiver bem agora vai decerto ser recomendado a queixar-se ao conselho de moradores que ele fará a triagem e o encaminhamento devido, se for pessoa do agrado. Por seu lado a polícia, se quiser dar um recado a alguém, também saberá que este caminho é mais curto.
Só faltava esta!
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