O TGV Braga-Valença está finalmente em discussão pública. Eventualmente Ponte de Lima só terá prejuízos e nenhum benefício. Porém visto a nível nacional os benefícios parecem evidentes, salvo o caso de poderem ser melhores, se a opção fosse pela velocidade mais moderada e pela bitola europeia. Mas seria isto viável se a ligação espanhola segue outros princípios?
A negociação destas ligações feita no tempo da dupla Durão Barroso/Ferreira Leite terá sido má conduzida e houve uma cedência completa às pretensões dos espanhóis. E, se no caso da ligação Lisboa-Madrid os benefícios ou prejuízos se repartirão entre Portugal e Espanha, é evidente que aqui, a haver prejuízos, o que será o mais natural, eles recairão quase na totalidade para Portugal porque a parte da linha que do lado espanhol é exclusiva desta ligação é diminuta.
Na perspectiva nacional ainda se levantarão muitas outras questões. Passam pela necessidade de uma nova ligação Porto-Lisboa, pela vantagem da adopção da bitola europeia nas ligações principais dentro do País, pela ligação ao aeroporto do Porto, pelo transporte de mercadorias, pelo incentivo à utilização do transporte ferroviário, etc.. Não é seguro que estas questões tenham sido pensadas antes de se embarcar nesta aventura.
Se tivermos uma certeza dos benefícios desta linha de TGV, tal como está pensada, para o País, acho que os prejuízos estritamente limianos se têm que dar por legitimamente suportados. Caso não tenhamos esta certeza será um sacrifício desnecessário e demasiado penalizador.
Em suma: o problema não está, nem pode estar, na passagem dum comboio; está em vermos uma vantagem para o nosso País, que para nós é.
Está no Trigalfa. Tem acesso directo a Artigos publicados no "CARDEAL SARAIVA"
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.
Etiquetas
- ambiência (59)
- andar por aí (15)
- crise (35)
- economia (90)
- ensino (71)
- filosofia (83)
- história (158)
- justiça (34)
- liberdade (11)
- poesia branca (12)
- poesia negra (18)
- política (20)
- política europeia (29)
- política local (113)
- política mundial (5)
- política nacional (303)
- política regional (28)
- propaganda (49)
- psd (38)
- referendo europeu (12)
- solidariedade (9)
- trânsito (1)
Arquivo do blogue
-
▼
2009
(183)
-
▼
novembro
(30)
- Um comportamento sovina dos comerciantes limianos
- Todos e ninguém tem razão: Os oportunistas, os ino...
- Divergências e confluências pouco abonatórias
- Deixamo-nos ir ao sabor da … vida
- O que desce e o que sobe neste País
- Os que ganham com a existência dos espertos
- A justiça não tem que passar toda pelo sistema jud...
- A tentativa de judicialização da política
- Numa relação pode haver compensações mas não chant...
- A fuga à chantagem emocional, social e pessoal
- O aprisionamento da alma e a morte do corpo
- A leveza de espírito à custa alheia
- Um corridinho patético atrás de uma vitória na sec...
- Uma vantagem do TGV para o País para nós é
- Como se suja um bom trabalho com uma conspiração s...
- Como analisar a nostalgia do passado
- A escuta, um vício nacional
- O justicialismo impede uma justiça rápida e eficaz
- A esquerda está sem atitude, a direita está expect...
- Um muro que marcou uma geração
- O que faz sentido: empresas públicas, liberalismo ...
- Ainda faz sentido falar de esquerda quando ela pró...
- As sociedades secretas e a ética empresarial
- Vítor Mendes tem que ser chamado à responsabilidade
- A dificuldade de estabelecer uma linha intransponível
- Ou comem todos ou não há moralidade
- Um Cântico bem Português
- Um advogado é a melhor gazua
- Ser pobre é um estado de espírito?
- Ser pobre é mesmo lixado
-
▼
novembro
(30)
Links
Acerca de mim
- trigalfa
- Ponte de Lima, Alto Minho, Portugal
- múltiplas intervenções no espaço cívico
Sem comentários:
Enviar um comentário