17 novembro 2009

Uma vantagem do TGV para o País para nós é

O TGV Braga-Valença está finalmente em discussão pública. Eventualmente Ponte de Lima só terá prejuízos e nenhum benefício. Porém visto a nível nacional os benefícios parecem evidentes, salvo o caso de poderem ser melhores, se a opção fosse pela velocidade mais moderada e pela bitola europeia. Mas seria isto viável se a ligação espanhola segue outros princípios?
A negociação destas ligações feita no tempo da dupla Durão Barroso/Ferreira Leite terá sido má conduzida e houve uma cedência completa às pretensões dos espanhóis. E, se no caso da ligação Lisboa-Madrid os benefícios ou prejuízos se repartirão entre Portugal e Espanha, é evidente que aqui, a haver prejuízos, o que será o mais natural, eles recairão quase na totalidade para Portugal porque a parte da linha que do lado espanhol é exclusiva desta ligação é diminuta.
Na perspectiva nacional ainda se levantarão muitas outras questões. Passam pela necessidade de uma nova ligação Porto-Lisboa, pela vantagem da adopção da bitola europeia nas ligações principais dentro do País, pela ligação ao aeroporto do Porto, pelo transporte de mercadorias, pelo incentivo à utilização do transporte ferroviário, etc.. Não é seguro que estas questões tenham sido pensadas antes de se embarcar nesta aventura.
Se tivermos uma certeza dos benefícios desta linha de TGV, tal como está pensada, para o País, acho que os prejuízos estritamente limianos se têm que dar por legitimamente suportados. Caso não tenhamos esta certeza será um sacrifício desnecessário e demasiado penalizador.
Em suma: o problema não está, nem pode estar, na passagem dum comboio; está em vermos uma vantagem para o nosso País, que para nós é.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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