O segredo de justiça ter-se-ia rompido algures no Pombal, no trajecto entre Aveiro e Lisboa de umas cassetes com gravações das conversas escaldantes entre Armando Vara e José Sócrates. O assunto seria o desbragamento da nossa estrela televisiva Manuela Moura Guedes, na sua forma peculiar de aproveitar uns factos pisados, repisados e mal interpretados para semanalmente vergastar o Sr. Primeiro-Ministro.
Aparentemente o sistema judicial quis matar dois coelhos de uma só cajadada. A primeira foi para o caso Borlido e tudo se passou com uma discrição exemplar, de louvar se não fosse obrigação de todos os envolvidos na investigação. A segunda cajadada seria para o José Sócrates, apanhado nas ditas conversas. Não confiante na sua justeza, o sistema judicial remeteu tudo para o sistema justicialista, aparentemente mais expedito e eficaz.
O problema é que ainda se não conseguiu encontrar qualquer responsável pela violação do segredo de justiça. A verdade é que esses violadores pertencem ao sistema de justiça, que impunemente brinca com aquilo que era sua obrigação preservar diligentemente. E nada me diz sequer que não será por espírito de conspiração política, mas tão só por dinheiro que esta gente procede desta forma.
Os Ministros Vieira da Silva e Santos Silva sobrestimaram os seus adversários políticos. Manuela Ferreira Leite é tão só um caso patológico de alguém que, antes de ir calçar as suas pantufas, ainda quer dar algum golpe vitorioso, para que se não diga que só armazenou derrotas. O certo é que nem conspiradores de gabarito temos e portanto este recurso a estes voluntários irresponsáveis, cobardes e corruptos.
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