A verdade é que existe sempre uma certa simpatia em relação àqueles indivíduos que saíram de uma família pobre ou remediada e conseguem chegar à situação de ricos e poderosos. Portugal está cheio de exemplos, a maioria dos quais mal esclarecidos, porque quando se chega a um certo patamar até há dinheiro para pagar a um biografo oficial.
A verdade é que as piores figuras são feitas por aqueles que se deixam corromper, aqueles cujo único trabalho é receber as tais luvas que tantos lhes aquecem a algibeira. Naturalmente que nem todos serão ricos, mas têm sempre algum poder que utilizam deslealmente em relação a quem neles confiou. O problema é que quando o prejudicado é o Estado a cultura predominante faz com que esses salafrários sejam quase de imediato perdoados.
Esta cultura está nos políticos, nos magistrados, num povo que muito reclama mas é muito complacente. Temos explosões de raiva, pensamos que é chegado o momento de sermos rigorosos, que a partir de agora não deve haver desculpa para ninguém, que há que apertar a exigência, mas de súbito uma lassidão imensa se apodera de nós e mandamos tudo às malvas, deixa continuar assim, afinal somos um povo contemporizador.
Por vezes até pensamos como foi possível ter Salazar e ele ter sido tão mau, tão controlador, tão castrador, tão mesquinho. Mas também como foi possível ter Cunhal, este que não perdoava aos seus, pensava que um homem novo era um homem fiel e não um homem livre e leal. A verdade é que o 25 de Abril deu origem a este tipo de gente que saboreia a vida não dando graças à liberdade e à lealdade, mas cantando loas à libertinagem e ao desaforo.
A verdade é que as piores figuras são feitas por aqueles que se deixam corromper, aqueles cujo único trabalho é receber as tais luvas que tantos lhes aquecem a algibeira. Naturalmente que nem todos serão ricos, mas têm sempre algum poder que utilizam deslealmente em relação a quem neles confiou. O problema é que quando o prejudicado é o Estado a cultura predominante faz com que esses salafrários sejam quase de imediato perdoados.
Esta cultura está nos políticos, nos magistrados, num povo que muito reclama mas é muito complacente. Temos explosões de raiva, pensamos que é chegado o momento de sermos rigorosos, que a partir de agora não deve haver desculpa para ninguém, que há que apertar a exigência, mas de súbito uma lassidão imensa se apodera de nós e mandamos tudo às malvas, deixa continuar assim, afinal somos um povo contemporizador.
Por vezes até pensamos como foi possível ter Salazar e ele ter sido tão mau, tão controlador, tão castrador, tão mesquinho. Mas também como foi possível ter Cunhal, este que não perdoava aos seus, pensava que um homem novo era um homem fiel e não um homem livre e leal. A verdade é que o 25 de Abril deu origem a este tipo de gente que saboreia a vida não dando graças à liberdade e à lealdade, mas cantando loas à libertinagem e ao desaforo.
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