19 setembro 2009

Vinde Santana e Filipe, estais perdoados

Uma imagem parada, um ícone é tudo menos aquilo de que estaríamos à espera na frenética política de hoje. Alguém que no seu sossego queira dar aos outros a segurança de um poder pessoal, intransmissível, ganho a pulso, praticamente sem o contributo de ninguém. Alguém que já tem tantos favores a pagar que não desejaria pagar mais nenhum.
Tudo é imprevisível porque a ideia de que nada se fará porque não há dinheiro não pega. O poder é para se usar e a direita, com a desculpa da soberania, usa-o sempre para se fortalecer. Mas, se na boca da velha senhora o que está não presta, porquê tanto empenho em o preservar. Mexa-se no que está, mas diga-se o que se quer fazer.
Esta ideia de falar sempre de falta de liberdade, de asfixia democrática é uma ideia bizarra de quem já nada tem para dizer. As manobras que a direita anda a fazer neste domínio têm sido desacreditadas e desmontadas eficazmente. Resta a falta de vergonha desta velha senhora que nunca se cansa de mentir, de lançar nuvens de nevoeiro para um domínio em que a direita não tem lições a dar.
O mundo da Ferreira Leite é demasiado pequeno, esta senhora educada na antiga sociedade não se actualizou, fala mal, troca tudo, já não tem um raciocínio escorreito, atropela-se nela própria. Já quase diria: Vem Santana Lopes que estás perdoado. Tu eras deste tempo, um pouco leviano talvez. Vem Filipe que tu eras frontal e sincero, um pouco irrequieto talvez.
A Ferreira Leite calou-vos e reduziu os seus conselheiros a esses sacripantas António Borges e Luís Coimbra. Livrai-nos que esses não são moeda falsa, são caça moedas sedentos e avaros.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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Ponte de Lima, Alto Minho, Portugal
múltiplas intervenções no espaço cívico

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana