21 setembro 2009

Sócrates é Fixe

Soares tem razão, não houve outro político que após o 25 de Abril tenha sido tão atacado e ainda por cima injustamente. Mesmo descontando a amplificação sonora que a comunicação social agora aplica como nunca. A agressividade desta, a sua submissão a estratégia partidárias ou de grupos de interesses faz com que os ataques sejam selectivos, datados e dirigidos.
Com Sócrates sabemos que os interesses corporativos serão combatidos, que a esquerda nunca será a confederação de interesses de sindicatos, grémios, ordens e outras associações em que as mais fortes fazem descrer as mais fracas com base numa superioridade conseguida à base do ensino público e das próprias benesses antes usufruídas, em que a própria usufruição dos bens públicos não é igualitária, não chega a todos, mas só aos mais reivindicativos.
Sócrates tem sido o político que mais tem feito por uma redistribuição de rendimentos, que está longe de ser justa, mas já é alguma coisa perante aqueles que nada querem fazer antes pelo contrário. A direita quer, sem o assumir agora frontalmente, destruir o serviço nacional de saúde, privatizar a segurança social, entregar o ensino aos privados, fazer da assistência social um monopólio das Misericórdias.
Sócrates está atento às mudanças civilizacionais, às solicitações sociais mais justas e mais candentes. Sócrates não se tem deixado dominar pelo capital, embora muito falte fazer para o por na ordem. Mas sem a força que nós lhe podemos dar, sem destrinçarmos bem o que são reivindicações de direita e de esquerda, estamos tão só a fazer um frete à direita mais retrógrada que a Ferreira Leite representa.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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Ponte de Lima, Alto Minho, Portugal
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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana