Se mantivermos a velha divisão esquerda/direita estas eleições consolidam uma relação de 60% para 40%, problemático é ela constituir alguma vantagem. Na verdade as quatro forças políticas que se opuseram ao Partido Socialista, ultrapassando essa dicotomia, conduziram a sua acção política nesta última legislatura e a recente campanha eleitoral na lógica da destruição da sua maioria absoluta. E conseguiram-no.
Mas conseguiram mais. Em primeiro lugar que o Partido Socialista, além de não ter maioria absoluta, não tenha também maioria em relação à direita. Essa maioria só será conseguida com um dos partidos BE ou PC, mas já não bastará um só destes para obter a maioria absoluta.
Se a governabilidade depender de uma maioria absoluta teremos que a dita esquerda só coligada poderá contribuir para ela, porém o contributo de um só partido bastará para derrotar a direita. Qualquer partido da direita bastará para assegurar uma maioria absoluta com o Partido Socialista e mesmo a abstenção do PSD bastará para dar uma maioria relativa.
O problema não se resolverá com a iniciativa do Partido Socialista dado que os outros partidos não estão no geral disponíveis para coligações, muito menos nas circunstâncias exigidas. O partido mais disponível seria o CDS mas o preço a pagar seria demasiado alto. Resta esperar que os outros partidos entrem em contradição e definam uma estratégia diferente. Se esta se mantiver no “bota abaixo” estamos fritos.
Mas conseguiram mais. Em primeiro lugar que o Partido Socialista, além de não ter maioria absoluta, não tenha também maioria em relação à direita. Essa maioria só será conseguida com um dos partidos BE ou PC, mas já não bastará um só destes para obter a maioria absoluta.
Se a governabilidade depender de uma maioria absoluta teremos que a dita esquerda só coligada poderá contribuir para ela, porém o contributo de um só partido bastará para derrotar a direita. Qualquer partido da direita bastará para assegurar uma maioria absoluta com o Partido Socialista e mesmo a abstenção do PSD bastará para dar uma maioria relativa.
O problema não se resolverá com a iniciativa do Partido Socialista dado que os outros partidos não estão no geral disponíveis para coligações, muito menos nas circunstâncias exigidas. O partido mais disponível seria o CDS mas o preço a pagar seria demasiado alto. Resta esperar que os outros partidos entrem em contradição e definam uma estratégia diferente. Se esta se mantiver no “bota abaixo” estamos fritos.
Sem comentários:
Enviar um comentário