É normal dizer que quem mais tem mais perde ou que só perde quem tem. A crise insere-se no processo de acumulação capitalista em que uns perdem efectivamente para que outros tenham os ganhos correspondentes. O dinheiro não se esfuma, não sai sequer dos circuitos financeiros, o problema reside somente em saber se é racional extorquir lucro de quem não exerce actividade compatível com o retorno esperado dos empréstimos.
Mas são aqueles que mais dificuldades apresentam em cumprir os compromissos assumidos quem mais tem que suportar toda a espécie de intermediações. O sistema financeiro recorre a múltiplos expedientes para ele próprio pagar um empréstimo contraído que dê suporte a um empréstimo concedido a longo prazo e que vai ser reembolsado a conta gotas.
A aposta do sistema financeira é diferente conforme a dimensão temporal previsível das actividades a financiar. Quem exerce uma actividade industrial, comercial ou de serviços não podendo dar garantias, não tem hipóteses de recorrer a empréstimos que não de curto/médio prazo. No entanto no actual crédito ao consumo, seja qual for o prazo, não se olha à capacidade de cumprir com as obrigações decorrentes da aceitação de financiamento.
No crédito a longo prazo não constitui problema saber que a grande maioria das pessoas que a ele recorre se endivida a tal ponto que deixam de ter possibilidades de pensar em investir numa mudança de vida profissional, no exercício de novas actividades. Condenam-se a um estilo de vida que os persegue durante décadas. Deveremos nós comprometer desta forma o nosso próprio futuro?
Mas são aqueles que mais dificuldades apresentam em cumprir os compromissos assumidos quem mais tem que suportar toda a espécie de intermediações. O sistema financeiro recorre a múltiplos expedientes para ele próprio pagar um empréstimo contraído que dê suporte a um empréstimo concedido a longo prazo e que vai ser reembolsado a conta gotas.
A aposta do sistema financeira é diferente conforme a dimensão temporal previsível das actividades a financiar. Quem exerce uma actividade industrial, comercial ou de serviços não podendo dar garantias, não tem hipóteses de recorrer a empréstimos que não de curto/médio prazo. No entanto no actual crédito ao consumo, seja qual for o prazo, não se olha à capacidade de cumprir com as obrigações decorrentes da aceitação de financiamento.
No crédito a longo prazo não constitui problema saber que a grande maioria das pessoas que a ele recorre se endivida a tal ponto que deixam de ter possibilidades de pensar em investir numa mudança de vida profissional, no exercício de novas actividades. Condenam-se a um estilo de vida que os persegue durante décadas. Deveremos nós comprometer desta forma o nosso próprio futuro?
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