Dentro da crise geral que atormenta economistas, financeiros e políticos a nós cabe-nos uma crisesinha, daquelas que não tendo a gravidade da crise lá de fora, não dando para uma corrida aos bancos ou para a falência, dá mesmo assim para especulações quantas bastem.
Nacionalizar está mal, diz Cadilhe, ele que foi o Salvador chamado para atacar as labaredas que já então consumiam o BPN, que tão ciente estava do êxito da sua missão, que até prescindiu de uma choruda reforma que já auferia do BCP por ter por lá passado uns tempos.
Ele que foi chamado a uma armadilha, que até denunciou em tempo útil, vai sair desta crise perdendo tudo, irritado com tudo e com todos, mas por questões ideológicas, porque não resiste ao apelo cínico da política mais mesquinha e corriqueira, não atribui as culpas a quem o traiu, aos seus amigos, mas ao Ministro que está a defender o erário público.
Quem tem amigos como Cadilhe até nem precisa de inimigos. Poder-se-ão desculpar que afinal até ninguém estava à espera que o Governo utilizasse a legislação que está preparada para a grande crise nesta crisesinha já tão gasta e velha.
Porque convenhamos, se não é a grande crise, os nossos banqueiros continuariam a ser considerados pessoas de bem, sobre os quais quaisquer suspeitas tem como consequência o banco dos réus para quem as levanta.
O que está em causa é o papel social dos homens sempre engravatados. Hoje “só” fazem a rapinagem de todos os recursos disponíveis, controlam a sua utilização e retiram os grandes lucros. Exercem uma actividade necessária mas não directamente produtiva, a não ser para os próprios.
Nacionalizar está mal, diz Cadilhe, ele que foi o Salvador chamado para atacar as labaredas que já então consumiam o BPN, que tão ciente estava do êxito da sua missão, que até prescindiu de uma choruda reforma que já auferia do BCP por ter por lá passado uns tempos.
Ele que foi chamado a uma armadilha, que até denunciou em tempo útil, vai sair desta crise perdendo tudo, irritado com tudo e com todos, mas por questões ideológicas, porque não resiste ao apelo cínico da política mais mesquinha e corriqueira, não atribui as culpas a quem o traiu, aos seus amigos, mas ao Ministro que está a defender o erário público.
Quem tem amigos como Cadilhe até nem precisa de inimigos. Poder-se-ão desculpar que afinal até ninguém estava à espera que o Governo utilizasse a legislação que está preparada para a grande crise nesta crisesinha já tão gasta e velha.
Porque convenhamos, se não é a grande crise, os nossos banqueiros continuariam a ser considerados pessoas de bem, sobre os quais quaisquer suspeitas tem como consequência o banco dos réus para quem as levanta.
O que está em causa é o papel social dos homens sempre engravatados. Hoje “só” fazem a rapinagem de todos os recursos disponíveis, controlam a sua utilização e retiram os grandes lucros. Exercem uma actividade necessária mas não directamente produtiva, a não ser para os próprios.
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