A presidência do PSD é um lugar de muito poder, ambicionado por muitos, que faz sonhar outros tantos. Tem poder pela herança, pela projecção política que ainda têm, pela projecção social de que ainda desfruta. No entanto o Presidente do PSD tem cada vez menos poder e nenhuma autoridade sobre os seus próprios correligionários. A Presidência do PSD mantém-se como um pedestal alto, mas que balança cada vez mais.
Uma das razões para este facto é a força da corrente liberal dentro do partido que, tendo segundo alguns uma legitimidade histórica, vem corroendo muitos dos alicerces tradicionais do partido. Assim o partido interclassista criado à revelia das correntes políticas tradicionais tem tendência a acabar, nele se vendo já uma clara divisão, uma rotura entre classes cujos interesses vão divergindo.
Outra das doenças de que o PSD sofre é o peso que os autarcas têm num partido cujas bases populares foram substituídas por esta base de interesses instalados. Estes autarcas respondem perante os barões, mas são cada vez mais insubmissos em relação à forma como estes gerem as suas clientelas. Como os barões têm cada vez menos benesses a distribuir, como se tornaram mais egoístas, como deixarem de dispor de tantas empresas públicas, como o Estado está cada vez mais pobre, há menos respeito por eles.
Pedro Passos Coelho é o político que mais agrada aos autarcas do PSD e portanto vai ganhar. Junta a agressividade própria da base actual do PSD, sedenta de manifestar na vida pública o seu poder, com a simplicidade das suas ideias. O que manifestamente não consegue é agradar aos outros barões que se vêm suplantados por um outsider leviano e inseguro. Passos Coelho é aquele sargento que vai subindo na hierarquia à medida que os oficiais se vão queimando nas suas lutas intestinas.
Uma das razões para este facto é a força da corrente liberal dentro do partido que, tendo segundo alguns uma legitimidade histórica, vem corroendo muitos dos alicerces tradicionais do partido. Assim o partido interclassista criado à revelia das correntes políticas tradicionais tem tendência a acabar, nele se vendo já uma clara divisão, uma rotura entre classes cujos interesses vão divergindo.
Outra das doenças de que o PSD sofre é o peso que os autarcas têm num partido cujas bases populares foram substituídas por esta base de interesses instalados. Estes autarcas respondem perante os barões, mas são cada vez mais insubmissos em relação à forma como estes gerem as suas clientelas. Como os barões têm cada vez menos benesses a distribuir, como se tornaram mais egoístas, como deixarem de dispor de tantas empresas públicas, como o Estado está cada vez mais pobre, há menos respeito por eles.
Pedro Passos Coelho é o político que mais agrada aos autarcas do PSD e portanto vai ganhar. Junta a agressividade própria da base actual do PSD, sedenta de manifestar na vida pública o seu poder, com a simplicidade das suas ideias. O que manifestamente não consegue é agradar aos outros barões que se vêm suplantados por um outsider leviano e inseguro. Passos Coelho é aquele sargento que vai subindo na hierarquia à medida que os oficiais se vão queimando nas suas lutas intestinas.
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