Há anos era comum dizer-se que ser socialista em Ponte de Lima era tão ou mais revolucionário, tão ou mais progressista, tão ou mais idealista do que ser do Bloco de Esquerda em Lisboa. Seria muito mais difícil, muito mais exigente do que ser socialista em Lisboa. É puro engano: Há indivíduos displicentes, irresponsáveis em todo o lado.
A única dificuldade é constituída pelos relacionamentos pessoais porque estes são mais difíceis de gerir à medida que nos distanciamos de Lisboa. Prezam-se mais, tem-se mais receio em ferir susceptibilidades, medem-se melhor as consequências de uma actividade política visível e constante. Mas é um campo privilegiado para oportunismos de todo o cariz.
Ponte de Lima era além disso considerado o concelho mais retrógrado do País em face de uma avaliação independente do seu potencial. Não fujo à regra e já tive essa percepção, que sempre combati, mas que periodicamente me faz desalentar. No entanto não vale a pena estar a ir por essa via.
Não seria o primeiro que em Portugal alimentou sentimentos destes, vencidos da vida há um pouco por todo o lado. Mas esta atitude ainda não será a pior. Bem mais negativo é procurar na desgraça motivo de satisfação que compense. Isto é, deixar que o nosso espírito se espraia e se sacie com paisagem, jardins e desfiles de gente peregrina, sarrabulho e outras enormidades de que se fazem bandeiras.
Combater esta realidade é em primeiro lugar combater o sentimento de saciedade que ele cria em tanta gente. Combater esta realidade pode ser induzir expectativas que ela não comporta, medir o nosso tempo por parâmetros que não são os nossos, mas também convencermo-nos que os benefícios que usufruímos não compensam os malefícios que temos sempre que suportar.
Ponte de Lima não é um lugar de fuga, nele temos de encontrar um caminho que nos leva ao progresso e à integração num mundo competitivo. Colocar a população a pronunciar-se sobre o que quer que se faça neste espaço amplo e mais livre para que não se perca mais tempo do tempo que os outros sabem aproveitar e nós menosprezamos é um imperativo imediato sem medo de se estar muito ou pouco à esquerda.
Em Ponte de Lima não devemos dar nem mais nem menos importância ao nosso posicionamento político pessoal, não devemos dar voz ao azar nacional, não devemos sobrevalorizar as qualidades demasiado perecíveis daquilo que temos, não devemos induzir expectativas iguais para quem mede o tempo de forma diferente. Seria ilusório dizer que a defesa do nosso futuro passa pela defesa da nossa diferença.
A única dificuldade é constituída pelos relacionamentos pessoais porque estes são mais difíceis de gerir à medida que nos distanciamos de Lisboa. Prezam-se mais, tem-se mais receio em ferir susceptibilidades, medem-se melhor as consequências de uma actividade política visível e constante. Mas é um campo privilegiado para oportunismos de todo o cariz.
Ponte de Lima era além disso considerado o concelho mais retrógrado do País em face de uma avaliação independente do seu potencial. Não fujo à regra e já tive essa percepção, que sempre combati, mas que periodicamente me faz desalentar. No entanto não vale a pena estar a ir por essa via.
Não seria o primeiro que em Portugal alimentou sentimentos destes, vencidos da vida há um pouco por todo o lado. Mas esta atitude ainda não será a pior. Bem mais negativo é procurar na desgraça motivo de satisfação que compense. Isto é, deixar que o nosso espírito se espraia e se sacie com paisagem, jardins e desfiles de gente peregrina, sarrabulho e outras enormidades de que se fazem bandeiras.
Combater esta realidade é em primeiro lugar combater o sentimento de saciedade que ele cria em tanta gente. Combater esta realidade pode ser induzir expectativas que ela não comporta, medir o nosso tempo por parâmetros que não são os nossos, mas também convencermo-nos que os benefícios que usufruímos não compensam os malefícios que temos sempre que suportar.
Ponte de Lima não é um lugar de fuga, nele temos de encontrar um caminho que nos leva ao progresso e à integração num mundo competitivo. Colocar a população a pronunciar-se sobre o que quer que se faça neste espaço amplo e mais livre para que não se perca mais tempo do tempo que os outros sabem aproveitar e nós menosprezamos é um imperativo imediato sem medo de se estar muito ou pouco à esquerda.
Em Ponte de Lima não devemos dar nem mais nem menos importância ao nosso posicionamento político pessoal, não devemos dar voz ao azar nacional, não devemos sobrevalorizar as qualidades demasiado perecíveis daquilo que temos, não devemos induzir expectativas iguais para quem mede o tempo de forma diferente. Seria ilusório dizer que a defesa do nosso futuro passa pela defesa da nossa diferença.
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