Na imprensa lê-se e ouve-se de tudo, mas o que é preocupante é ver profissionais a tentarem manipular sentimentos das pessoas com um despudor gritante. Teremos muitas situações em que aplicar a inveja, mas atribuir-lhe algum papel na questão dos 10 milhões do fundo de pensão pessoal posto à disposição de Miguel Cadilhe é abusivo.
Este valor ultrapassa de tal maneira aquilo que seria legítimo esperar que pode suscitar muitos sentimentos, desde a indignação à revolta, da estupefacção à incredulidade. Quanto à inveja, sentimentos mesquinho, quem a cultiva aplica-a sempre que vê o vizinho com carro novo, o colega com uma nova parceira, uma amiga com um novo visual.
Estes 10 milhões não se vêm todos os dias, é muita fartura para alimentar um sentimento tão básico como a inveja. A sua invocação só tem como objectivo desqualificar a opinião de quem se indigna com tão ridículo negócio. Estes jornalistas, estes opinadores que a invocam permitem-se brincar com os sentimentos das pessoas só porque isso é afinal frequente acontecer na imprensa.
O espectáculo é degradante mas seria necessária uma grande reciclagem ao cérebro destas pessoas para se não deixarem levar por facilidades quando tratam de sentimentos pessoais. Na verdade se hoje já não há respeito pelas pessoas, como se há-de respeitar a opinião pública? Desacreditar esta só tem como objectivo defender pequenos manipuladores, negociantes, usurpadores. E grandes quando mediáticos como o Miguel Cadilhe.
Este valor ultrapassa de tal maneira aquilo que seria legítimo esperar que pode suscitar muitos sentimentos, desde a indignação à revolta, da estupefacção à incredulidade. Quanto à inveja, sentimentos mesquinho, quem a cultiva aplica-a sempre que vê o vizinho com carro novo, o colega com uma nova parceira, uma amiga com um novo visual.
Estes 10 milhões não se vêm todos os dias, é muita fartura para alimentar um sentimento tão básico como a inveja. A sua invocação só tem como objectivo desqualificar a opinião de quem se indigna com tão ridículo negócio. Estes jornalistas, estes opinadores que a invocam permitem-se brincar com os sentimentos das pessoas só porque isso é afinal frequente acontecer na imprensa.
O espectáculo é degradante mas seria necessária uma grande reciclagem ao cérebro destas pessoas para se não deixarem levar por facilidades quando tratam de sentimentos pessoais. Na verdade se hoje já não há respeito pelas pessoas, como se há-de respeitar a opinião pública? Desacreditar esta só tem como objectivo defender pequenos manipuladores, negociantes, usurpadores. E grandes quando mediáticos como o Miguel Cadilhe.