31 março 2008

Menos combatividade precisa-se!

Dizer de alguém que é combativo não chega a ser um elogio mas uma simples constatação de um facto que só assumirá um carácter positivo se o seu resultado for benéfico para a sociedade. E podemos dar de barato que a política de João Jardim tem dado bons resultados na Madeira, maugrado a sua falta de solidariedade nacional.
Diferente é dizer que tal personagem é “um exemplo supremo na vida democrática do que é um político combativo”. Porque João Jardim na sua combatividade ultrapassa demasiado as regras que devem presidir a uma disputa democrática, atropela os direitos dos outros, utiliza uma linguagem desabrida e deselegante.
Esta atitude de Jaime Gama só se entende num assomo despropositado de uma solidariedade de ilhéu. Será que também Gama se sente injustiçado pela sua qualidade de açoriano, que pensa ter sido por tal facto que nunca chegou onde pensou talvez um dia vir a chegar? O certo é que estamos cheios de frustrados que se sentem compensados ao apoiar personagens assim.
Vendo o caso pela perspectiva da solidariedade devida àqueles que vão mantendo na Madeira a chama da democracia e que pretendem elevar a democracia a patamares de civilização de que estão arredados com João Jardim, esta atitude é traiçoeira, cobarde e profundamente injusta.
Perante isto os elogios que Sócrates ou outros governantes possam ter vindo fazer em Ponte de Lima a Daniel Campelo até podem ser visto como simples cortesia. Mas que também não são solidários, não senhor. Nem revelam informação sobre o verdadeiro estado deste concelho estagnado e retrógrado.

30 março 2008

Menos busca-de-culpa precisa-se!

Neste País será difícil encontrar alguma coisa que funcione na perfeição. Acima de tudo é difícil encontrar alguém que funcione na perfeição. Há séculos que procuramos, principalmente desde Camões, que, perdido um Sebastião, se encontre algum mentecapto e imbecil capaz de “mandar” em nós. A nossa sorte parece ser que os visionários só ganham peso depois de mortos.
A nossa suprema estupidez está em exigirmos perfeição em tudo. Não queremos dar lugar aos imperfeitos, que aliás somos a maioria e nos achamos mal. Seria bom que déssemos lugar a nós mesmos, que soubéssemos viver como somos, respeitando as nossas limitações e incongruências. Seria bom que tivéssemos a imperfeição como modelo.
Um episódio simples e trivial, no sentido a que uma irresponsável permissividade levou, que não pode ser menosprezado, também não poderá assumir qualquer carácter de exemplaridade para um outro tipo de agressividade que, essa sim, representada por outros acidentes conhecidos nas escolas em que já se terá ultrapassado o limiar da violência.
A intervenção de certas figuras do Estado só se compreende porque pensarão legitimamente que é uma boa ocasião para abordar todas as questões que tenham a ver com aproveitamento/disciplina/violência. Não podem é contribuir para a confusão ao propor medidas uniformes, muito menos para a judicialização do sistema que seria erro ainda maior.
Este episódio não pode servir para encontrar inocentes e culpados. É descabido. Nem pode servir para dissecar o destino e o perfil destas pessoas específicas. É perfeitamente abusivo. Nem pode servir para exemplo, de modo a que poder prevenir outros casos a que eventualmente se apliquem medidas mais gravosas. É injusto. É um exemplo disperso a que só se podem aplicar normas disciplinares que a ele digam respeito.

29 março 2008

Menos melindre precisa-se!

A cultura que está na base daquela manifestação de agressividade de uma aluna em relação a uma professora não é grupal senão no sentido em há outras pessoas que a partilham. Também podemos dar de barato que a aluna usa manifestações de idêntica agressividade em família e que esta não conseguiu dominar aqueles ímpetos.
Há uma série de atitudes que se tornam moda e encontram receptividade num leque alargado de alunos, e procurar encontrar razões particulares torna-se um exagero, dado que por mais exaustivo que se estudasse a situação nunca encontraremos uma razão última comum a todos eles. Estas atitudes devem ter uma abordagem diferente.
Esta cultura sem dono, que nem de rua é, que não é grupal, nos termos em que nós estamos habituados a conhecê-la, teria que ser tratada ao nível de uma diminuição drástica da sua receptividade nos jovens. Só que, à falta de um poder de antecipação da nossa parte, teremos que ficar pela busca de soluções minimizadoras dos excessos, integradoras no que possível.
Aquelas atitudes podem ser resultado da forma melindrosa como pessoas sem cultura e sem preocupações éticas abordam as situações de rotura social que manifestamente existem e nos deixam muitas vezes revoltados. Mas revolta é razão e não melindre. Se uma situação se não pode resolver pela violência também não podemos armazenar essa violência e dar-lhe essa outra forma hipócrita que é a agressividade manifestada no melindre. Mas melindre que pode ter muitas outras origens.
Em relação à cultura dos salões virtuais em que os jovens se vêm mergulhados, sem muitas hipóteses de opção, em que se cultiva o ser e o não ser, em que se enaltece o que há de mais na moda em termos de comportamentos individuais, em que se não resiste ao apelo de modelos universais mas que não têm aplicabilidade prática nos nossos universos pequenos e fechados, temos de aprender a conviver com ela.
A família é a primeira entidade responsável pela fixação de limites razoáveis aos comportamentos dos seus filhos. Só que essa razoabilidade para ser bem entendida tem que ser vista dentro da cultura perfilhada pelos filhos e não dentro da sua. E dentro da cultura dos filhos tudo se pode resolver porque nela também tem que haver tempo para o estudo, as aulas, o tempo de aprender.

28 março 2008

Menos conflitualidade precisa-se!

Estudar aquela manifestação de agressividade de uma aluna em relação a uma professora necessitaria de muito mais dados que a comunicação social não colhe ou não transmite porque isso seria entrar em aspectos pessoais e poderia ser considerado abusivo. O certo é que a questão é mesmo pessoal e sem esses dados nada feito. É pura especulação.
O mais natural é que aquela agressividade se expanda ainda mais no ambiente familiar da aluna. Ou a família é exageradamente condescendente ou então o ambiente será de permanente confrontação. A não ser que, mas isso será hipótese remota, a família consiga dominar aqueles ímpetos mas não consiga educar a aluna no sentido de se controlar noutros ambientes, quando as circunstâncias permitem um relaxamento da disciplina.
Os tempos actuais são propícios até a uma certa cumplicidade que permite que se estabeleça aquilo que para nós é uma certa permissividade, mas que vai assumindo alguma naturalidade, em geral disfarçada com uma certa afectação. Quando assim é estabelece-se uma espécie de cultura de salão que, sem atingir a afectação das camadas poderosas que viviam segregadas resulta da maneira de os fracos verem e copiarem essa realidade.
Não é só a cultura de rua que influencia os comportamentos dos jovens de hoje. Até porque esta se desenvolve cada vez em zonas suburbanas mas tem cada vez menos expressão noutras áreas habitacionais. Para se desenvolver é necessário tempo para que se formem grupos com certa estabilidade e que cultivem certos valores comuns.
Aquilo que eu designo por cultura de salão é mais informal, estabelece-se em ambientes virtuais, mas não afecta menos os comportamentos individuais, ao estabelecer também modelos apelativos para quem tem, de alguma forma, necessidade de dar satisfação a uns impulsos mais conflituais.

27 março 2008

Mais contenção precisa-se!

Quando surge um problema do género do provocado pela agressividade de uma aluna em relação a uma professora é normal andarmos uns tempos a discutir o assunto, como que a tentar dissecá-lo, resumi-lo, encontrar todas as forças que lhe estão na origem e com as conclusões de um único exemplo tirar todas as ilações que possam ser aplicadas a um universo vasto de questões.
As conclusões que vencem são as daqueles que mais depressa ocorrem ao palco mediático a dar a sua sentença. Conseguir inverter a situação e chegar a conclusões diferentes daquelas que são transmitidas pelos meios de comunicação parece ser sempre muito difícil. Uma das partes sai logo à partida condenada e reabilitá-la é moroso.
Normalmente só os bons advogados o conseguem e esses a troco de muito dinheiro. Como este não sobejará por aqui, só aparecem a dar a sua opinião aqueles que querem tirar dividendos políticos desta questão. Nesta ocasião, como a oposição foi apanhada a ocupar bastante do palco mediático teve que dar logo a sua opinião e colocou todos os alunos no banco dos réus.
Em primeiro lugar não cabe aqui fazer um julgamento sumário e determinar inocentes e culpados. Depois, não havendo que procurar culpas, deve-se analisar a questão pelo lado de quem tem mais responsabilidades, sem qualquer intuito de ligar a estas quaisquer espécie de culpas de quem se tenha eximido ou sobrevalorizado o cumprimento das suas.
A professora, à primeira vista e desconhecendo os factos que antecederam os visionados, terá cometido um erro grave ao procurar ou permitir o contacto físico com uma aluna, visto para todos os efeitos e pelos colegas como uma briga a sério, como um puxar de cabelos.
Mesmo que a professora tenha sido apanhada de surpresa pela atitude da aluna não pode reagir do mesmo modo, antes deve solicitar o apoio do corpo escolar para um solução imediata sem uso da força e deixar aos órgãos intermédios ou superiores da gestão da escola a resolução definitiva do assunto.

26 março 2008

Mais paciência precisa-se!

Na Assembleia da Republica os partidos tem a possibilidade do agendamento potestativo mas na agenda mediática não o tem. Há muita coisa que se escreve, que se diz, que nisto há que preencher jornais e também há que bulir um bocado, dar umas voltas nem que seja pelos mesmos restaurantes, que as fêveras e sardinhas só lá mais para a frente virão, para que haja umas imagens decorativas, mas cujo sumo depressa se esvai.
Na impossibilidade de imporem o que lhes apetece, os líderes políticos tem a necessidade de fazer uma aposta acertada no assunto que vai perdurar. Não é só deles que depende o efectivo agendamento. Por isso a paciência tem que ser uma qualidade que os líderes tenham também. A escolha do momento próprio para introduzir um assunto na agenda é um mérito do político.
O Filipe Meneses anda para aí a dar fogo cruzado, desgarrado, suicida. Mas quem sabe, sabe e o maestro Marcelo já está a dar-lhe uma ajuda, vamos lá a ver se com umas lições isto vai! A desvalorização que este mago da comunicação vem fazendo das intervenções de Meneses e a sua valorização nas áreas que ele sabe serem importantes para a agenda mediática é um apoio que Meneses daqui a uns tempos há-de agradecer.
Meneses vai ter nos próximos tempos uma paciência que não lhe conhecíamos, mas nem esperamos que ele seja capaz de a manter por muito tempo. Transformar Meneses num líder capaz, democrático, higiénico será tarefa para o professor Marcelo se este se convencer que ele próprio nunca chegará a primeiro-ministro, mas é capaz de abrir o caminho a terceira pessoa.

25 março 2008

Mais sinceridade precisa-se!

A um político vir desmentir o óbvio não é vantajoso, nem fica bem. Claro que também não é favorável vir dizer que há qualquer coisa na sua estratégia que está mal. Há momentos em que um político só ganha em estar calado.
Infelizmente há aí um político que tem que falar sempre, sem se preocupar muito com o local, o momento, o tema e a forma. Ou antes o tema muda conforme o que está em agenda, desde que encontre forma habilidosa, desonesta, desleal de com ele atacar o governo.
Todos aqueles que estão minimamente informados de como se faz isto da política sabe que a luta pela marcação da agenda é a principal preocupação de um líder partidário. Claro que nem sempre a pode marcar, às vezes os outros actores políticos ou até acontecimentos imprevistos trocam-lhe as voltas. São as condições particulares do momento que determinarão se um líder consegue uma boa introdução na agenda e se está ou não satisfeito com a agenda quando ela é marcada por outrem.
Quando o Filipe Meneses vem dizer que tem a sua própria agenda política, querendo dar a ideia que não lhe interessa aquela agenda que os meios de comunicação registam, está a manifestar um sentimento de despeito e quando não de derrota que não abona nada em seu favor.
Meneses até se tem deixado levar pela agenda dos outros, que ele pensa que, por serem também da oposição, lhe servem às mil maravilhas para ele. E as coisas não são assim tão simples, não se pode dizer que as suas posições sigam a mesma lógica do PC ou BE. E quando o assunto sai da agenda da maneira que não lhe agrada, o que lhe resta fazer? Calar-se, mesmo contra vontade e dizer que já não segue aquela agenda.
A primeira preocupação da oposição é que não seja o governo a marcar a agenda, mas o simples facto de ser a oposição a marcá-la não chega para dizer que toda a oposição sai vencedora. Ninguém quer perder a oportunidade de dar porrada no governo, nem que se esteja a contradizer, mas é por aí que se perde a oportunidade de marcar a tal agenda com factos positivos.

24 março 2008

Mais humanismo precisa-se!

O estatuto do aluno separa aqueles que frequentam o ensino obrigatório dos que já ultrapassaram essa fase e estão no facultativo. Presentemente a fronteira é o 9º ano de escolaridade. O aluno que frequenta o ensino obrigatório nunca pode ser expulso. Por isso todas a série de medidas correctivas, recuperadores, de inserção ou reinserção na comunidade escolar, mesmo as sancionatórias.
Os artigos seguintes descrevem aquelas medidas a que é possível recorrer para obter uma disciplina sem coação física.
A velha direita quer continuar a excluir alunos do ensino obrigatório.
Artigo 26.º
Medidas correctivas
1 — As medidas correctivas prosseguem os objectivos referidos no n.º 1 do artigo 24.º, assumindo uma natureza eminentemente cautelar.
2 — São medidas correctivas, sem prejuízo de outras que, obedecendo ao disposto no número anterior, venham a estar contempladas no regulamento interno da escola:
a) (Revogada.)
b) A ordem de saída da sala de aula, e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar;
c) A realização de tarefas e actividades de integração escolar, podendo, para esse efeito, ser aumentado o período de permanência obrigatória, diária ou semanal, do aluno na escola;
d) O condicionamento no acesso a certos espaços escolares, ou na utilização de certos materiais e equipamentos, sem prejuízo dos que se encontrem afectos a actividades lectivas.
e) A mudança de turma.
3 — Fora da sala de aula, qualquer professor ou funcionário não docente, tem competência para advertir o aluno, confrontando-o verbalmente com o comportamento perturbador do normal funcionamento das actividades da escola ou das relações no âmbito da comunidade educativa, alertando-o de que deve evitar tal tipo de conduta.
4 — A aplicação da medida correctiva da ordem de saída da sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar, é da exclusiva competência do professor respectivo e implica a permanência do aluno na escola, competindo aquele, determinar, o período de tempo durante o qual o aluno deve permanecer fora da sala de aula, se a aplicação de tal medida correctiva acarreta ou não a marcação de falta ao aluno e quais as actividades, se for caso disso, que o aluno deve desenvolver no decurso desse período de tempo.
5 — A aplicação, e posterior execução, da medida correctiva prevista na alínea d) do n.º 2, não pode ultrapassar o período de tempo correspondente a um ano lectivo.
6 — Compete à escola, no âmbito do regulamento interno, identificar as actividades, local e período de tempo durante o qual as mesmas ocorrem e, bem assim, definir as competências e procedimentos a observar, tendo em vista a aplicação e posterior execução, da medida correctiva prevista na alínea c) do n.º 2.
7 — Obedece igualmente ao disposto no número anterior, com as devidas adaptações, a aplicação e posterior execução das medidas correctivas, previstas nas alíneas d) e e) do n.º 2.
8 — A aplicação das medidas correctivas previstas nas alíneas c), d) e e) do n.º 2 é comunicada aos pais ou ao encarregado de educação, tratando -se de aluno menor de idade.
Artigo 27.º
Medidas disciplinares sancionatórias
1 — …
2 — São medidas disciplinares sancionatórias:
a) (Revogada.)
b) A repreensão registada;
c) A suspensão da escola até 10 dias úteis;
d) A transferência de escola;
e) (Revogada.)
3 — …

23 março 2008

Menos demagogia precisa-se!

Este artigo do estatuto do aluno é a fonte da polémica. Apresentado pela direita como gerador de indisciplina, por não se ficar pelo efeito puramente disciplinar das faltas, na realidade só visa a recuperação dos alunos a quem seja possível e de modo atempado convencer da conveniência em se integrarem no normal funcionamento da escola, sem exclusões precipitadas e definitivas.
A velha direita só sabe utilizar a régua e a cana.
Artigo 22.º
Efeitos das faltas
1 — Verificada a existência de faltas dos alunos, a escola pode promover a aplicação da medida ou medidas correctivas previstas no artigo 26.º que se mostrem adequadas, considerando igualmente o que estiver contemplado no regulamento interno.
2 — Sempre que um aluno, independentemente da natureza das faltas, atinja um número total de faltas correspondente a três semanas no 1.º ciclo do ensino básico, ou ao triplo de tempos lectivos semanais, por disciplina, nos 2.º e 3.º ciclos no ensino básico, no ensino secundário e no ensino recorrente, ou, tratando -se, exclusivamente, de faltas injustificadas, duas semanas no 1.º ciclo do ensino básico ou o dobro de tempos lectivos semanais, por disciplina, nos restantes ciclos e níveis de ensino, deve realizar, logo que avaliados os efeitos da aplicação das medidas correctivas referidas no número anterior, uma prova de recuperação, na disciplina ou disciplinas em que ultrapassou aquele limite, competindo ao conselho pedagógico fixar os termos dessa realização.
3 — Quando o aluno não obtém aprovação na prova referida no número anterior, o conselho de turma pondera a justificação ou injustificação das faltas dadas, o período lectivo e o momento em que a realização da prova ocorreu e, sendo o caso, os resultados obtidos nas restantes disciplinas, podendo determinar.
a) O cumprimento de um plano de acompanhamento especial e a consequente realização de uma nova prova;
b) A retenção do aluno inserido no âmbito da escolaridade obrigatória ou a frequentar o ensino básico, a qual consiste na sua manutenção, no ano lectivo seguinte, no mesmo ano de escolaridade que frequenta;
c) A exclusão do aluno que se encontre fora da escolaridade obrigatória, a qual consiste na impossibilidade de esse aluno frequentar, até ao final do ano lectivo em curso, a disciplina ou disciplinas em relação às quais não obteve aprovação na referida prova.
4 — Com a aprovação do aluno na prova prevista no n.º 2 ou naquela a que se refere a alínea a) do n.º 3, o mesmo retoma o seu percurso escolar normal, sem prejuízo do que vier a ser decidido pela escola, em termos estritamente administrativos, relativamente ao número de faltas consideradas injustificadas.
5 — A não comparência do aluno à realização da prova de recuperação prevista no n.º 2 ou àquela que se refere a sua alínea a) do n.º 3, quando não justificada através da forma prevista do n.º 4 do artigo 19.º, determina a sua retenção ou exclusão, nos termos e para os efeitos constantes nas alíneas b) ou c) do n.º 3.

22 março 2008

Menos generalização precisa-se!

Quando se analisam casos de violência, como o reportado recentemente, a primeira ideia que ocorre ao espírito das pessoas, na sua ânsia de dissecar o problema que lhe está na origem, é perguntar se é sinal de um clima de violência generalizada, se é um caso isolado, o que parece não ser o caminho certo.
Podemos dizer com certa segurança que não é um caso esporádico, mas que, sendo sinal de violência latente, só ocorre esporadicamente. Teoricamente poderá generalizar-se a uma percentagem na área da décima, não mais. A generalização mais trivial incorre no erro de juntar àqueles capazes de desencadear um espectáculo assim aqueles capazes de gozar com o espectáculo, enquanto tal.
O bom senso recomendaria que só os primeiros fossem objecto de estudo e tomada de posição já que entrar no domínio dos outros é entrar num campo tão vasto que acabaríamos por não chegar a conclusões válidas. Neste caso só a aluna em causa deve ser objecto de observação, com a sua envolvente familiar e as suas reacções típicas no ambiente escolar. Ou já é assim insolente no ambiente familiar ou reprimida só dá azo à sua insolência no ambiente escolar.
Se houvesse, como em tempos havia, um clima de medo, os outros retrair-se-iam e não gozariam com o espectáculo. Aparentemente respeitariam mas só alguns o fariam conscientemente. Hoje que o medo não é utilizado como instrumento de educação podemos com certa segurança afirmar que ninguém de entre os alunos repudiará um bom momento de riso.
Perante um ambiente de insolência criado pela aluna e a que a professora eventualmente poderia por cobro recorrendo ao apoio da restante comunidade escolar, a atitude dos restantes alunos entra no claro domínio da cobardia, de quem quer aproveitar-se de uma situação sem contribuir para ela. Mas aqui não poderemos ir muito mais além, sem cair no perigo da generalização.
É necessário encontrar as regras sociais mais correctas que possam ser aceites genericamente e que incutam em quem as tenha que respeitar o medo pela penalização social, e não só, que se lhe aplique ou na melhor da hipóteses o respeito que a esses mesmos possam merecer aqueles outros, professores, pais, políticos, etc. que têm que dar suporte a essas normas.

21 março 2008

Mais respeito precisa-se!

As manifestações de falta de respeito nas escolas são comuns e têm razões variáveis. Muitas pessoas de gerações anteriores costumam mostrar alguma compreensão para estes actos já que o que funcionava em muitas situações no sentido de garantir o respeito era o medo.
Por isso se encontram pais a dar razão aos filhos em situações em que eles vêem arbítrio da parte da autoridade. Para que isto aconteça é necessário que os filhos sejam educados no sentido de dominar os seus caprichos, de não se deixarem arrastar por um egoísmo cego. Esses pais dão sempre razão aos filhos porque são incapazes de ver para além da sua própria experiência.
A situação como a reportada num vídeo que corre por aí não é a cultura de rua a invadir a escola, antes pelo contrário, é a cultura de salão a invadir a educação. Aquela rapariga imaginava-se na sua casa, no seu quarto, na sua sala, onde é senhora de tudo e vive um mundo particular de contactos e gostos.
Esta situação, sendo a replicação na escola do que se passa ou já terá passado incólume em casa, tem que ser tratada em primeiro lugar no contexto familiar para que possa ser compreensível e tratada no contexto escolar. Se não houver reporte nas soluções de um lado para o outro a questão fica coxa e dá origem a uma mentalidade distorcida da parte do aluno.
A cultura de salão é hoje um mal tão grave e mais vasto que a cultura de rua e tem que ser tratada também a nível global. Outrora havia uma cultura que se afirmava pela sofisticação, pelo culto do sentimento de posse, de superioridade, de “finesse”. Essas pessoas procuravam beneficiar de normas de comportamento social próprias.
Hoje a fantasia permite que se criem domínios em que a imaginação sobreleva à inteligência prática, à necessidade de respeito, mais do que de pessoas, de normas de comportamento social que já não assentam no medo mas se destinam a todos e a que todos devem obediência.

20 março 2008

Menos menosprezo precisa-se!

As forças que se digladiam no PSD e que, segundo os mais optimistas, podem levar à sua desagregação são mentalmente comparadas por Meneses às forças contestatárias do tempo de Sá Carneiro. Não terão o mesmo poder, mas para Meneses convém-lhe derrotar inimigos fortes.
A realidade é manifestamente diferente. O passado das pessoas naquela altura era pouco valorizado até para não criar controvérsias e divisões que não interessava realçar. Hoje as pessoas têm um passado de que se não podem livrar sem terem uma razão forte para tal.
Ou uma pessoa assumiu há muito ser independente e apoiar os partidos segundo as suas opções e prática ou então o mais normal será ter-se colocado de um lado da barricada e lá permanecer, muitas vezes a contra gosto. A excepção será a pessoa definitivamente descrente e que adere a outro partido.
O que caracteriza a maioria dos membros de um partido é a apatia, pelo que é fácil a alguém que tenha palco mediático e seja hiperactivo afirmar-se sem que isso diga nada sobre o seu valor ou qualidade. Quando muito dirá do pouco valor dos outros.
Mas menosprezar o valor e a qualidade dos outros só porque não têm disponibilidade para aparecer nos meios aonde se afirmam os papéis políticos é desprezível. Afirmar-se criando o deserto à sua volta não foi a estratégia de Sá Carneiro. Este criou discípulos e até herdeiros lhe não faltaram.
Meneses não manifesta qualquer respeito pelos membros do PSD, pelos que têm valor próprio derivado do seu contributo social e político. Aqueles que aderem, que não pagam cotas e a quem nada se mais pede, senão votar nas directas só servem para descredibilizar o partido. Fracos por fracos deixe-se ficar com os que tem.

19 março 2008

Mais clareza precisa-se!

No seu percurso Filipe Meneses já conseguiu alguns objectivos:
1. Ocupou a zona central do palco mediático no que se refere à direita.
2. Tornou os seus contestatários figurantes de segunda e menorizou-os.
3. Marcou a agenda política do PSD com minudências em que os seus opositores se enredam, revelam as suas fragilidades e gastam energias.
4. Descredibilizou quem não se lhe opôs no momento certo e à falta doutro tema aproveita agora aquelas minudências para tirar ilações globais.
5. Criou um corpo de fiéis que acreditam num passeio triunfal por uma alameda de ignorantes e impotentes, súbditos e subservientes.
6. Deu a ideia que a distribuição de benesses passará por ele e não tem pejo em chamar invejosos àqueles que queria a seu lado.
Porém manifesta algumas fragilidades:
1. A truculência empregue na manifestação das suas ideias não esconde a borbulhagem que o ataca.
2. O alvo da sua linguagem continua a ser só o PSD.
3. A falta de definição do que é herança e rotura com o velho PSD, porque não chega fazer propostas radicais e dizer como era bom o passado.
4. A falta de um posicionamento nítido, que as pessoas percebam, entre a social-democracia e o liberalismo militante que mais sobressai em si.
5. A escolha clara de uma linguagem para se dirigir ao povo, que não o choradinho do esquerdismo ou o radicalismo da direita.
6. A escolha do sector social alvo a privilegiar: o rural, o suburbano ou o urbano, já que o corridinho das febras e das sardinhas já não atinge todos os sectores sociais.

18 março 2008

Menos capricho precisa-se!

O dirigente da oposição tem um enorme deficit de decisão definitiva. A sua hiperactividade remete-o para a tomada permanente de decisões. Quando os assuntos sobre os quais lhe cabe decidir são poucos, não tem poder, anda aos rodopios, simula sucessivas tomadas de decisão, sem se preocupar com o seu acerto, até parar em alguma versão definitiva, porque ele assim quer.
Não haverá problema para ele se um dia tiver que voltar ao assunto, dar mais uma reviravolta à questão, reerguê-la, tomar enfim outra decisão. Aliás poderá dizer que quase todos os assuntos foram já alguma vez motivo de decisão e o mundo não avançaria se não houvesse uma repensar das questões mais problemáticas. O problema está naquilo em que se mexe.
Filipe Meneses sente-se com capacidade para mexer em tudo, embora a sua aproximação à realidade seja feita unicamente com a ajuda das suas ideias gerais, das ideias dos seus modelos estrangeiros, com o seu próprio vazio e futilidade. Um bom líder não pode ser aquele que repele as ideias dos seus correligionários e se feche num casulo no qual germina as suas larvas que depois coloca no ambiente exterior a ver se sobrevivem.
Os meninos caprichosos procedem assim. Quando tem a possibilidade de ter um orçamento de Estado atrás de si são particularmente inventivos. Todos os dias têm soluções novas. E não resistem a pô-las a todas na praça pública. Que elas sejam contraditórias entre si não lhes interessa em particular. Que este modo de agir possa causar desconfiança ou implicar custos não recuperáveis não lhes interessa.
Os meninos caprichosos também se adaptam à democracia. Quando esta não tem força, fazem por realçar o seu papel de decisores, por se apropriarem eles da força, do poder. Quando a democracia impõe regras, só assumem a responsabilidade das decisões que têm sucesso, ofuscando a origem das outras. Só têm satisfação pessoal no que podem atribuir a si mesmos.

17 março 2008

Menos arrogância precisa-se!

A oposição desunha-se a procurar uma qualquer característica pessoal que possa atribuir a José Sócrates para o desacreditar. Vasculharam o seu passado, demasiado trivial para que tenha qualquer efeito a sua utilização como arma de arremesso. Acabaram por ficar pela arrogância, uma postura que na opinião dos seus críticos terá para com o povo miúdo, mas que a realidade manifestamente nega.
Era o que faltava querer que o primeiro-ministro fosse uma pessoa subserviente para quem quer que seja. As decisões do governo são quase sempre lesivas dos interesses de alguém sem que muitas vezes se não veja quem vai ganhar com isso. Quer dizer que este governo encontra sempre mais gente contra várias da suas medidas concretas do que quem as apoie.
Isso passa-se um pouco com todos os governos. Mas quando um governo como este procura conciliar os interesses do desenvolvimento nacional com o apoio aos menos favorecidos nem sempre obtém um apoio claro destes, até porque estes entendem normalmente que esse apoio ainda lhes não chega mas também não se ouvem porque não têm palco e visibilidade suficiente.
As decisões que um governo toma são a diferentes níveis e sofrem variadas contestações, são mais ou menos apuradas e quem as põem em causa sustenta mais ou menos as suas razões. O que não se pode dizer é que a dose de capricho que possa haver numa tomada de decisão se agravou com este governo, antes pelo contrário.
Quem necessita de ser menos arrogante é a oposição e particularmente certas das suas personagens, até porque a arrogância é um sentimento de carácter pessoal, que só por liberalismo de linguagem estamos a aceitar que se aplique a um governante, enquanto tal. Quem será mais arrogante que Paulo Portas? Quem o quererá mais ser que Filipe Meneses?

16 março 2008

Menos radicalidade precisa-se!

A radicalidade imposta à política nacional, em que as posições se extremam cada vez mais, tem como efeito imediato o estreitar da base de apoio de todos os partidos em presença que ambicionam deter o poder. Os outros, sem essa preocupação imediata, aparentam estar melhor de saúde do que nunca.
O abalo provocado nas certezas, ou pelo menos na capacidade de o governo conseguir levar avante as suas reformas, resultado em muito de uma oposição interna decrépita, quase imbecil, é de molde a ser necessária uma grande força e determinação do governo para o ultrapassar.
O abalo provocado na credibilidade da oposição, que já estava seriamente abalada pela inacção do seu governo anterior, resultado em muito de velhas guerras internas entre barões partidários, dificilmente terá recuperação porque o seu actual líder gosta mesmo de viver neste ambiente de bulício permanente.
Não se vê como Filipe Meneses vai conseguir meter algum tino naquela cabeça eternamente convencida que encontrou todas as verdades e que de forma constante procura ter algumas certezas. Já que não consegue juntar todas as tropas com certeza que com a sua ambição desmedida consegue que muita gente tenha a fezada e o apoie.
Não se vê como Filipe Meneses vai conseguir gerir a já pouca disponibilidade dos outros para o ouvir, para aceitar os seus golpes baixo, altos, de todo o género que dispara em todas as direcções à procura de que, seja com medo ou não, acatem a sua liderança, lhe dêem o cheque em branco, só com o qual sabe viver.

15 março 2008

Mais razoabilidade precisa-se!

Quase toda a gente fala de uma esquizofrenia colectiva, mas poucos são aqueles que aceitam a doença em si. Cada qual faz a comparação do seu próprio estado de saúde com o daqueles que lhe estão mais próximos e é normal concluir que, se não está melhor, decerto que não está pior.
Todos temos uma pressa imensa de obter um objectivo qualquer, indefinido, nunca alcançável e que portanto nunca nos dará aquilo que deste o berço ambicionamos, ter razão. Só alguns poucos, felizardos, não precisam de realizar os seus objectivos, que também os têm, para se sentirem com razão.
Alguns ainda menos conseguirão acertar nos objectivos que definiram para a sua vida e os vão realizando, adquirindo desse modo a razão que é a causa última da sua luta constante. Mas nunca terão descanso porque sempre estarão sujeitos ao apelo de mais ambição, mais ambição.
Isto de nos quererem impingir a ideia que temos de ser eternos insatisfeitos é um tremendo erro, maior ou menor conforme a sociedade em que nos inserimos e nos transmite essa ideia de trabalharmos incansavelmente em seu favor. Porque são quase todos uns cínicos, nada dispostos a cumprir pela sua parte, é uma mensagem que só tem como destino o outro.
A nossa saúde mental e a da sociedade exigem que consigamos aplicar nas nossas ambições um modelo de razoabilidade, que não é mais do que deixar de andar permanentemente à procura de ter razão, com a exigência esquizofrénica de que ninguém tenha mais razão do que nós.
Todos nós precisamos de objectivos na vida, mas os felizardos são, como atrás se disse, aqueles que não necessitam de os ver realizados para se sentirem com razão. Se todos pensássemos desta forma, a sociedade seria muito mais razoável para todos nós.

14 março 2008

O que pode fazer um político que não se preze

O nosso principal problema, visto por aquilo que se pode entender por senso comum, é o ritmo. A nós falta-nos ritmo a nível nacional, a nível local, a todos aqueles níveis que nós gostamos de deitar abaixo, nem que seja num nível como o futebol que já pusemos nos píncaros da lua. Digamos que se há níveis a que nos portamos bem, não acreditamos que seja por muito tempo.
O melhor será sempre puxar pelo ritmo, exigir sempre mais, assim nunca ficamos mal, não é por nossa culpa que as coisas não vão para a frente. Empreguemos um ritmo infernal, quem disser que não pode que se vá embora, quem não estiver disposto a esfarrapar-se que desapareça. A maioria dos políticos talvez pense que dar à língua a um ritmo assim convence alguém. E convence.
Político que se preze, se for do governo tem que estar calado que não nos vai pedir para sairmos do nosso ritmo que nós não queremos, os professores não querem, os médicos não querem, os magistrados não querem, ninguém quer, deixem-nos sossegados.
Político que se preze, se for da oposição tem que zupar neste ritmo ronceiro do governo, arre porra que não sai do sítio, não nos dá incentivos para andarmos a um ritmo mais acelerado, não dá estímulos a ninguém, nem a professores, nem a médicos, nem a magistrados.
Político que não se preze não se deixa levar pela demagogia. Porque é que isto acontece? Como é possível ter perspectivas tão diferentes conforme o local em que nos colocamos? Se a um nível nos parece haver um ritmo certo ele pode ser transferível outro nível? Como é possível encontrar o ritmo certo? Interessará ele a alguém? Podemos copiar o ritmo de um outro País?
Político que não se preza pede-nos mais empenho na laboração e menos na contestação a qualquer aspecto mais rigoroso. Político que não se preza dá sempre à língua a um ritmo que não agrada a ninguém. E não convence.

13 março 2008

As reservas do PSD já bolem

Está visto que a malta bem-pensante do PSD está bem colocada na vida e não está para se preocupar em demasia com a vida política, mesmo que dela dependam alguns dos seus tachos. Pensarão que já tiveram o seu tempo, que agora é ocasião para nova gente.
Esta questão podia ser vista sob dois aspectos, um positivo pois era bom que os velhos não ficassem toda a vida a entupir o acesso dos novos à ribalta, outro negativo porque um acesso desregrado provoca distúrbios e dá um espectáculo triste de uma multidão ululante à procura de tacho.
E isto perturba a malta bem-pensante do PSD, mesmo que a tal multidão ululante se resuma afinal a uma direcção tão truculenta que faz barulho por milhares. O problema é que esta nova gente está cheia de velhas manhas e vejam lá que já foi buscar a Salazar aquela velha fórmula de despedir o pessoal. Só querem o palco para si.
Eles querem criar um cenário em que tudo seja novo e eles sejam os maestros que possam experimentar todos os instrumentos e sons. Os outros são espectadores e esporadicamente serão chamados ao palco para compor o cenário. Até nova ordem têm que se manter calados porque todo o ruído é maléfico.
É necessário dar a ideia do seu interesse pela política e que ele assenta numa paixão desinteressada pela coisa pública. Mas eles têm que ter um tempo para pôr ordem na sua cabeça antes que pretendam pôr a ordem na cabeça dos outros.
A malta bem-pensante do PSD bem fala, mas é porque está esquecida das armas do jogo sujo, da chantagem emocional, da utilização dos sentimentos primários de pertença e de partilha. Esta nova malta está mesmo decidida a remexer no baú da história, a desenterrar sentimentos e fantasmas e a pôr toda esta gente a bulir.

12 março 2008

O veneno começa a aparecer à luz do dia

A malta bem-pensante do PSD deixou que Meneses se engalfinhasse em Mendes e tal como dois meninos truculentos chamaram todas as atenções sobre si. No fim da briga o que perdeu fugiu, o outro ficou dono do palco.
Estava visto que, se esses bem-pensantes gostavam pouco de Mendes, demasiado envolvido na baixa política, gostavam ainda menos deste febril navegante que quer recriar os tempos de indefinição em que surgiu a figura de Sá Carneiro a tentar dar um rumo ao partido e ao País.
Mas como é possível esta gente ter sido assim apanhada se não há nisto surpresa? Por comodismo, porque ninguém com valor está para se sujar na praça pública perante políticos deste cariz?
Este novo homem do leme começa a criar os primeiros enjoos mas a sua estratégia é premeditada. Quem se não sentiu bem pode já saltar do barco. O facto de a realidade ser diferente da dos finais dos anos setenta não o preocupa minimamente porque Meneses se convenceu, como médico já desclassificado, que, havendo os mesmos sintomas se deve aplicar o mesmo tratamento adoptado noutro tempo. Tanto evoluiu a medicina para nada.
Os apoiantes de Mendes estão órfãos, como órfãos ficaram os que apoiaram os dirigentes anteriores a Sá Carneiro. Os bem-pensantes são agora convidados por Meneses para tirarem da brasa a sua sardinha enquanto vão a tempo. Não duvido que alguns vão provar do veneno.

11 março 2008

Os comunistas, a vida partidária e o ensino

Os comunistas andam a tentar afectar a vida partidária. As arruaças que fazem à porta das sedes socialistas, e mesmo que seja noutros locais onde os dirigentes socialistas se dirigem, só dizem da forma miserável para que querem que descaia a vida política.
Os comunistas não são capazes de aprender com os erros do passado. Não é a sua votação que lhes permite exigir alguma inflexão na política definida pelo governo nesta legislatura. Mas poderão manifestar o seu desagrado, só que há outras formas mais democráticas de o fazerem sentir.
Os comunistas vêem sempre os socialistas como a barreira que necessitam de deitar abaixo. Se os socialistas estão no poder tentam fazer-lhes a vida negra, convictos de que tratam melhor com um Filipe Meneses qualquer do que com quem tem uma ideia coerente e moderna para Portugal. Uma ideia socialista que privilegia a liberdade, a primeira ideia que eles põem em causa.
Porque os comunistas não negoceiam com ninguém. O seu dirigente Nogueira nos sindicatos de professores é que dirige, controla e orienta todas a acção comunista no sector mais vulnerável do Estado, a educação. Que apareça alguém que tenha sido ouvido e que se não tenha deixado somente arrastar por uma acção não apropriada para discutir o que está em causa?
Os comunistas servem-se destes “inocentes” professores para criar um clima de instabilidade, em que o efeito prático de contribuir para a criação de um corpo de privilegiados lhes não interessa. Para eles o importante é não permitir que a ensino estabilize, conseguir que as ideologias continuem a influenciar o ensino, manter uma forma de financiamento num grupo rico.

10 março 2008

A invocação dos mortos na ajuda aos vivos

Um morto deixa sempre uma herança. Ao morrer atrás de si deixou uma vida, um percurso, ideias mais ou menos avulsos, mais ou menos coerentes, mais ou menos consistentes. Um morto não tem porém a versatilidade de um vivo para sabermos a sua ideia sobre um aspecto qualquer da actualidade.
Como o morto está morto para todos os efeitos, no aspecto das ideias não há herdeiros que se possam arrogar do direito de o ser, mesmo que haja quem procure estar mais próximo do procedimento que o morto adoptaria se fosse por acaso ainda vivo. Então no seu passado temos que procurar a situação mais parecida com a actual e ver qual a atitude que o morto tomou.
Pode ter sido no princípio, no meio ou no fim, mas a verdade é que há sempre uma décalage que o próprio, se fosse vivo, se encarregaria de gerir e que nós só por aproximação poderemos imaginar. Como é evidente nunca poderemos estar seguros de ter uma interpretação coincidente.
Os mortos invocam-se para nos dar razão, o que pressupõe que consigamos convencer os outros de que a nossa maneira de ver é a mais correcta. Mas os mortos também se invocam para nos dar força, o que é uma manifestação de confiança. Quem invoca os mortos para lhe dar força fica sempre a ganhar em relação a quem os invoca para ter razão.
Os comunistas invocam Cunhal para lhes dar força. Santos Silva invoca-o para lhe dar razão. Mas Santos Silva ainda cometeu outro erro. Colocou este sacripanta do Nogueira ao lado de Cunhal. Foi a maior ajuda que lhe podia ter dado. Ter Cunhal ao seu lado sem necessidade de provar que ele lhe daria razão vai-lhe afectar positivamente o ego.

09 março 2008

A política é feita também de afectos

A política é feita de afectos, de causas e das pessoas que na nossa opinião as corporizam e estamos prontos a defender. Tudo isto deve ser obtido no fim de um processo de observação e análise a que devemos submeter a realidade. Mas estamos sempre em confronto com pessoas que não se dão a esse trabalho ou só se preocupam em obter argumentos a favor das suas ideias já pré-definidas. O diálogo torna-se difícil.
Pior ainda quando estão em causa posições de poder. Aí poderá haver negociação e se todos apelam ao diálogo é evidente que se não querem ficar por aí. Daí não ser correcto acusar alguém de falta de diálogo quando é justo termos objectivos de convencer ou forçar alguém a ceder em algum aspecto.
Por isso nós podemos dialogar e fazê-lo com base apenas nas nossas ideias ou sem estarmos a negociar pensarmos naquilo que faríamos se detivéssemos algum poder. A análise do percurso político que desejamos para o País, das ideias que vistas de um ponto de vista abstracto estamos decididos a defender ou daquelas que vistas de um ponto de vista concreto verificamos ser possível implementar no País determinarão o nosso posicionamento.
De qualquer modo quando há empenho intelectual nosso, quando verificamos que as resistências dos outros também são de natureza afectiva é perfeitamente legítimo e claramente responsável que nos empenhemos de um modo afectivo na defesa das nossas convicções.

08 março 2008

Uma luta justa, a da Ministra

Melindrados, feridos ou mesmo a sangrar os professores tem que abandonar a ideia de que são um corpo especial de funcionários públicos, com privilégios especiais, horários de trabalho mínimos, férias máximas, remunerações avantajadas. Os professores não são mais pagos para serem os agentes de defesa da ideologia do Estado. Afinal para quê o Estado precisa deles se só transmitem má educação e maus princípios.
Esta visão de conjunto, resultante da permissividade com que os professores em geral, que se diferenciam deste paradigma mas delegam a sua representação em gente de má índole, não poderá ser generalizada. Porém ninguém gosta de perder benesses e se alguém lhes diz que essas benesses são direitos está normalmente inclinado a deixar-se advogar. Esta atitude passiva ou de Maria vai com as outras não é nada inocente.
A Ministra da Educação tem sido particularmente dialogante, sendo certo que ela possui do seu lado o apoio da grande maioria da população que, por mais respeito e gratidão que possa ter pelos professores em geral, não se deixa arrastar por atitudes sentimentais quando o que está em causa não é nada daquilo que os manipuladores pretendem. Os professores é que andavam enganados sobre qual o lugar que lhes cabe na sociedade.
A Ministra luta por um melhor ensino, pela construção de condições para que ele se processe melhor, que hoje sem disciplina e organização, sem empenho e colaboração não há avanço que persista.

07 março 2008

Um professor nunca mais será visto com os mesmos olhos

As lutas que os professores desenvolveram no período democrático da nossa vida colectiva não foram de modo a se verem privados de uma certa sacralização que sempre os beneficiou. Antes do 25 de Abril de vez em quanto lá havia um professor vítima da política salazarista de controlo absoluto do ensino desenvolvido na escola. A maioria calava-se.
O professor, fosse pago por quem fosse, era visto como o portador de um saber que era essencial para que nós progredíssemos. Beneficiava sempre de um sentimento afectivo positivo mesmo quando as circunstâncias da vida nos levavam a aceitar mal a escola. Os 1750 Escudos que um professor primário recebeu durante tantos anos eram uma referência para todas as outras profissões ditas intelectuais e não se destacavam delas como hoje.
A ligação que se criou nesses tempos entre alunos e professores genericamente ainda hoje se mantém. A mais íntima será com os professores do ensino primário já que o ensino era geralmente assumido por um só professor durante pelo menos um ano, mas muitas vezes durante mesmo os quatro anos de escolaridade.
As lutas que os professores foram desenvolvendo permitiram-lhes sem grandes custos alterar significativamente o seu estatuto de modo totalmente descabido em relação à maioria dos outros sectores profissionais. Beneficiaram do alargamento do ensino a todas as camadas sociais, assenhorearam-se da condução da política educativa, entraram em autogestão.
Mas os professores não têm sabido ser humildes, não tem sabido ser solidários com a restante população, não tem sabido ser leais para quem lhes confiou uma tarefa tão nobre e daí a dessacralização que se está a operar e que vai levar a que um professor nunca mais seja visto com os mesmos olhos de antigamente.

06 março 2008

Tudo por respeito e por gosto

Os professores que se têm integrado nestas últimas manifestações espontâneas/programadas dizem-se vítimas de uma falta de respeito pelo seu papel social. Na realidade o valor desse papel deve ser avaliado sob vários ângulos e tem que ser admitido até um papel negativo, que a escola seja hoje um factor de excessiva diferenciação social e até de exclusão.
O papel social do professor em abstracto é relevante mas está hoje longe de corresponder ao investimento que é feito no ensino, seja por via do Estado ou do orçamento familiar. É perfeitamente legítimo que o Estado assim como os particulares reavaliem esse gasto e os professores portugueses têm que se convencer que isso não é para agora apenas, mas terá que ser permanente e para sempre.
Os professores não gostam que não gostem deles como se fosse obrigatório gostar. Os professores têm conseguido manter bem longe da escola essa possibilidade de serem contestados, essa avaliação de qual afinal a valia do seu trabalho. E tomavam tudo isso por respeito e por gosto. Tantos anos a viver numa redoma, num mundo fechado levou-os a serem melindrosos e quando não preguiçosos.
A falsidade tem que ser afastada da escola. Uma falsidade que é verdade não está a ser posta em causa pelo laxismo que é recomendado na avaliação dos alunos. Mas isto é a um outro nível, que terá também que ser alterado por outras vias. A falsidade que se vive na escola a nível de responsabilidade ainda está por ser posta a nú.

05 março 2008

Veneração e recompensa

Muitas vezes mais valia estar calado. Eu não falo contra o direito de qualquer um de nós de falar. Mas quando se quer atingir um objectivo conjunto com outras pessoas é natural que uns ajudam ao falar, outros prejudicam claramente. Por alguma coisa há líderes, porta vozes, assessores de imprensa e até outras mais modernas para escolher o sítio, o que se diz e a quem se diz.
Os professores que se têm integrado nestas manifestações espontâneas/programadas são de dizer coisas que não deviam, aparecem como pessoas que por qualquer coisa se melindram, que se acham acima de quaisquer críticas, que querem veneração e recompensa.
Os professores não se acham funcionários como outros quaisquer, não aceitam que são funcionários embora seja no desempenho duma função que consiste o seu trabalho. Para se ser professor seria bom mas não é necessário ter espírito de missão, debaixo do qual muitos se querem acobertar. Entre os outros funcionários públicos há muita gente que dá formação, que prepara os seus companheiros melhor que no ensino para a execução das suas tarefas.
Os professores não gostam que não gostem deles como se fosse obrigatório gostar. De certo que aos alunos não se lhes pode dar o poder de gostar ou não do professor, porque lá se iria a disciplina, mas é um desplante tremendo querer que os outros sectores sociais, os superiores hierárquicos, o governo gostem dos professores que temos.
Os nossos professores não sabem viver na rua como professores e agora que baixaram ao alcatrão das cidades, trazem à baila assuntos despropositados, põe em causa aquilo que é suposto não interessar abordar neste ambiente, aquilo que devia estar reservado para ser discutido em órgãos próprios de gestão e orientação pedagógica do ensino.
Estes professores querem-se atribuir uma importância que só os regimes que apostam em fazer o controle ideológico dos seus alunos lhes dão. Eles bem sabem que já hoje a sua importância é menor, perante o ensino modular, o ensino via Internet, e será cada vez menor perante a expansão de instrumentos de ensino que não exigem uma mediação tão constante e prolongada, quando muito um leve acompanhamento chega.

04 março 2008

Mediação não se vê, mas clarificação vai havendo

No programa Prós e Contras foi proposta uma mediação. Não haverá dúvida que esse caminho podia ser seguido sem perca da dignidade de ninguém, mas a verdade é que faltará ainda muita distância para que isso seja possível na sociedade portuguesa, onde é pela crispação que se faz a mobilização das tropas favoráveis contra as inimigas. Meneses, o PCP, os sindicatos andam a juntar tropas, não andam a esclarecer o povo.
Numa sociedade em que se sabe que o demasiado legalismo é inoperante, mas mesmo assim se exige que todas as garantias e mais algumas estejam estipuladas na lei, é difícil fazer justiça por acordo entre as partes e o que se passa na política é só um aspecto deste excessivo rigor na defesa de posições próprias que dá origem a um imobilismo revoltante.
Os últimos desenvolvimentos na discussão do problema do ensino não levarão à mediação mas já vai havendo uma clarificação nas posições assumidas quer por grupos de interesse, quer por interessados, quer por técnicos, até mesmo alguns políticos se têm visto na necessidade de intervir para que não se deixe andar e depois a sociedade venha a pagar por isso.
É hábito tentar aproveitar as divergências de opinião entre políticos do mesmo partido, mas isso só faz sentido se as opiniões forem de pessoas competentes para o efeito. E neste caso é legitimo que sejam invocadas essas opiniões. São várias as que no PSD se vêm agora afirmar contra esta aliança espúria de Meneses & Nogueira, essa firma porreira.
No PCP não há divergências mas o Jerónimo já veio dizer que não vai à manif, não viesse a ter que dar um beijo ao Filipe e andar de braço dado com a direita. Ele que tão bem recebido foi em Anadia não deveria retribuir desta maneira, mas é lá com ele.

03 março 2008

Porque estas reformas são mais formais?

O interesse político imediato está a baralhar os dados desta questão tão profunda, tão marcante, tão decisiva para o nosso futuro. Ouvi ontem dizer que uma falha desta reforma que o governo tem em marcha é não se discutir o conteúdo e só se preocupar com os aspectos formais.
O problema é que muitos dos aspectos formais desta reforma já há muito estão identificados como a causa pela qual não passam outras tentativas que já têm sido lançadas de alterar os aspectos substanciais do ensino. Esta alteração é nomeadamente formal para que os aspectos formais não impeçam uma verdadeira revolução a fazer no ensino.
Uma intervenção efectiva da sociedade, uma participação interessada, mas esclarecida, dos agentes económicos, serão mais ou menos eficazes se no aspecto formal forem correctamente definidos os seus limites. Não há qualquer eficácia numa intervenção deste tipo que não passe pela presença de pleno direito nos órgãos de decisão das escolas.
A gestão dita democrática das escolas patrocinada pelos sindicatos comunistas é uma situação anómala a nível dos organismos do Estado. Na sociedade civil não se permite que quem paga não oriente, num organismo público é o Estado que deve definir a base legal em que assenta o seu funcionamento e em casos como o ensino é perfeitamente legítimo que todos os interessados participem nesse funcionamento, sem nunca se chegar ao ponto a que se chegou de que só mandam os que têm que cumprir.
Dizer que os professores estariam sempre prontos a colaborar numa verdadeira reforma centrada nas questões que têm por base o aluno é uma falácia tão grande como pretender pôr um restaurante a funcionar sem a estrutura física e sem definição das funções de cada cozinheiro.
A organização, a disciplina, a responsabilidade e a liderança são hoje a base do sucesso em qualquer domínio da actividade humana. Embora possam defender certos direitos dos professores, os sindicatos não podem ser mais os definidores da política de ensino, nem detentores de qualquer poder que possa sabotar todas as legítimas orientações dos órgãos superiores de gestão.
Para que será esta Meneses & Nogueira, uma firma porreira?

02 março 2008

Por um ensino moderno e sem angústia

Os sindicatos arriscam aqui e agora tudo. Não haverá apelo, seja dos pais, do Presidente da República, seja de quem for que os faça parar. Os sindicatos querem readquirir uma clientela que vinham perdendo. Assentaram toda a vida democrática o seu poder sobre o domínio objectivo dos centros de decisão no sector do ensino e perdendo-os ninguém mais lhes vai dar importância.
Os sindicatos puseram-se numa encruzilhada e não vão sair dela com dignidade. A sua acção tem sido nefasta, corrosiva, mais preocupada em destruir os pressupostos ideológicos em que assentava o ensino antes do 25 de Abril do que em contribuir para a definição de outros princípios que devem servir de base para um ensino moderno e sem angústia.
A não satisfação das pessoas deve-se aos problemas económicos que afectam pais, alunos e futuros integrantes do mundo do trabalho. Mas os sindicatos ideologicamente conotados não aceitam que a economia seja claramente posta no centro do problema, não aceitam que os alunos sejam preparados em função do papel que lhes pode ser atribuído na sociedade.
Resolver aqueles problemas económicos para os sindicatos é resolver a velha questão da atribuição do poder a um partido único, capaz de pôr a economia a funcionar de pernas para baixo. A verdade é que, quando isto já não passa pela cabeça de ninguém, surge esta união contra natura entre Meneses e Nogueira que pretende que tudo fique na mesma no ensino para que aquele sonho comunista ainda seja possível.
Aquelas senhoras que aparecem na televisão a defender a sua dignidade de professores empenhados foram convencidas que todas as culpas pela ineficiência do sistema lhes foram atribuídas e que se devem manifestar por isso. Nem isto é verdade, nem ninguém pôs a questão neste ponto. Alterar o sistema é muito mais do que passar atestados de estupidez a alguém.
Ficam-se pelo Meneses & Nogueira, uma firma porreira!

01 março 2008

Meneses & Nogueira, uma firma porreira!

Esta união contra natura entre Meneses e Nogueira que pretende destruir a reforma que o PS quer fazer e de que o PSD nunca foi capaz, contribui para a manutenção de um estado parasitário de muita gente que do ensino só faz uma garantia de uma boa reforma e de um vencimento condizente.
A educação é o sector que mais ministros tem tido depois do 25 de Abril, é o sector mais contestado, que mais insucesso revela entre todos os sectores de actividade a que se dedicam os portugueses. Haverá outras razões, do foro económico, do foro familiar, da falta de uma base de apoio, mas não há dúvida que os professores têm-se habituado a navegar incólumes nestas águas, sem aceitarem as responsabilidades que manifestamente lhes cabem.
A educação é o sector que mais licenciados emprega e em que pode haver um maior entendimento pela uniformidade de habilitações e de modos de vida, maior facilidade de circulação de informação entre os seus agentes. A educação é o sector que deveria estar na vanguarda da modernidade virado única e exclusivamente para o aluno, a sua razão de existência.
Da escola espera-se uma adequada socialização da juventude, a sua preparação para os desafios do futuro, para que se não sinta desadaptada numa civilização concorrencial, para vir a, se necessário, fazer várias reconversões durante a sua vida activa.
Os professores dão uma imagem de imobilismo que contradiz tudo o que seria de esperar. Os professores deturpam a informação, não servem de exemplo para alguém, inclusive para os alunos. Os professores deixam-se manipular por outros professores sem escrúpulos que dominam sindicatos e outras associações com uma perspectiva somente economicista.
Depois do Nogueira surge agora com o maior desplante o Meneses. Meneses & Nogueira, uma firma porreira!

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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